A Hospinorte – Associação de Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Norte do Estado do Rio Grande do Sul – realizou, no dia 28 de setembro, mais um treinamento para os seus associados. Desta vez, o tema foi Gestão de Pessoas, Tomada de Decisões e Comunicação, ministrado pela psicóloga e Gerente de Recursos Humanos do Hospital de Caridade de Erechim, Giseli Cristine Zago Mocelin. O encontro foi realizado no Anfiteatro do HC.
A profissional iniciou sua palestra abordando os elementos essenciais para que ocorra uma comunicação eficiente, que são: Emissor – aquele que dá início ao processo comunicativo, pois transmite a mensagem; Receptor – o alvo do emissor, sendo quem recebe a mensagem; Mensagem, que pode ser um fato, ideias ou até mesmo, emoções, ou seja, é o conteúdo contido na comunicação; e Canal, que é o meio pelo qual a mensagem é enviada do emissor para o receptor. Segundo Giseli, o maior cuidado deve estar em não produzir “ruídos” ao realizar a comunicação. Isso quer dizer ter certeza de que a mensagem emitida foi corretamente recebida e interpretada pelo público-alvo, para poder haver o feedback.
Em seguida, o tema foi a administração de conflitos. Segundo ela, existem profissionais que têm o perfil de valorizar a preparação da tarefa, sendo que seu foco é mais conservador e especialista, prioriza o cumprimento da ordem dada e busca a excelência naquela atividade, utilizando de planejamento prévio e detalhamento e explorando a técnica para resolvê-la o quanto antes, otimizando seu tempo no decorrer da jornada de trabalho. Já outos, têm o perfil de solucionador dos problemas. Por ter domínio técnico suficiente para resolver tarefas simples, seu desafio é ir além da ordem dada e buscar uma solução mais abrangente, numa visão mais ampla. De acordo com Giseli, este profissional é questionador e vai empenhar seu tempo em resolver processos arraigados, deixando a tarefa trivial, que ele tem capacidade de fazer, no tempo que lhe restar, confiando na sua capacidade em entregar no prazo.
A psicóloga Giseli ainda explanou que quanto mais amor os profissionais sentem no trabalho, mais engajados eles são e melhor é o seu desempenho. De acordo com a palestrante, essa constatação foi feita através de uma pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Segundo o conceito da pesquisa, trata-se de um “amor companheiro”, que nada tem a ver com a conotação romântica da palavra, mas, sim, com as relações de afeto no ambiente de trabalho. O levantamento realizado com 335 pessoas concluiu que as pessoas que trabalham em um ambiente no qual se sentem livres para expressar afeito, ternura, carinho e compaixão pelos seus colegas, têm um desempenho melhor, são mais satisfeitas com o seu emprego e comprometidas com a organização.
A palestrante destacou que cabe ao líder a promoção de pequenas atitudes que tornem as relações mais humanas, gentis e afetuosas. O líder precisa conhecer seus colaboradores, saber quais os seus objetivos de vida, o que o motiva, se interessar genuinamente pelo outro. Segundo ela, os profissionais precisam ser valorizados pelas competências que têm, lembrando que as pessoas têm talentos diferentes e complementares.