O trabalho na horta é resultado de uma parceria que iniciou neste ano entre o Presídio e a Emater/RS-Ascar. As mudas para o cultivo das hortas são doadas pela empresa Tonial, por intermédio do policial Lisandro Sherer. Os técnicos do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Getúlio Vargas repassam orientações técnicas na área de Extensão Rural. Parte da produção é cultivada em estufa e outra , em área aberta. A lona que cobre a produção foi obtida com recursos oriundos do Poder Judiciário, por meio da Vara de Execuções Criminais.
Além dos detentos ocuparem o tempo, eles têm benefícios. A cada três dias de trabalho, o preso tem descontado um dia na sua pena. “É um ótimo trabalho, pois dá ocupação para o preso e ajuda o psicológico da pessoa. Ele ganha experiência. Só aqui dentro a gente dá valor à liberdade”, disse um dos presos que conquistou o direito de trabalhar na área externa no cultivo das hortaliças. Outra vantagem, segundo ele, é que tudo é cultivado de forma orgânica, sem adição de adubos químicos.
Para o chefe de segurança, Claudio Adriano Silveira, “as atividades ajudam no bom andamento do serviço e mantêm o ambiente tranquilo”, avalia. A diretora Alice Richetti também destaca a importância de manter os presos ocupados.
Apesar do presidio receber as mudas e a assistência técnica, a Instituição deseja implantar um projeto para irrigação das hortas, mas faltam recursos. A produção pode ser aumentada já que existe espaço. O presídio aceita doações de mudas, sementes, calcário, entre outros materiais para estruturar ainda mais o espaço. A unidade prisional abriga 190 detentos com vários tipos de delitos, com abrangências nas comarcas de Getúlio Vargas e Tapejara.