Grupo da Capo Coral de Erechim apresenta seu mais novo projeto – Musical Brasil de Norte a Sul

O Grupo da Capo Coral desenvolveu com seus jovens o musical – Brasil de Norte a Sul que conta a história de um gaúcho chamado Gaudêncio, que ao ser abandonado por sua esposa no Amazonas decide voltar as suas origens. É nessa aventura musical que sua trajetória vai atravessar todo o Brasil, passando pelas diversas regiões.

E para entender melhor o novo projeto musical desde a origem da ideia até a finalização realizamos uma entrevista com a diretora e coralista Natália Orbach que também dirige e atua no musical. Ela relatou que tudo começou dos familiares e do público que os acompanham no trabalho do coral, eles cobravam músicas que pudessem entender pois, o coral cantava no seu repertório muitas músicas internacionais e que não cantavam músicas nacionais. Natália explica que as músicas internacionais ajudam na execução da técnica e da regência. Por conta das críticas que recebiam, a direção pensou: Por que não fazer algo que valorize as músicas nacionais? esse foi o primeiro ponto de partida.

A ideia no começo era de cantar músicas de cada região e em contato com os outros membros chegaram à conclusão de se tornar o musical, foi com muitas pesquisas que chegaram – Brasil de Norte a Sul. Natália cita a música “Mulher rendeira” que faz parte do repertório, uma letra de música rica e popular que muita gente conhece, mais que tem uma força de realidade, eles foram buscar as raízes de cada música, como quem escreveu? Qual a interpretação dela? Que mensagem elas nos passam?

Ressaltou que o coral vai atravessar várias regiões e que os coralistas são jovens da faixa etária de 15 a 25 anos e que estão tendo contato pela primeira vez com esses personagens que desconheciam, como nordestino, o carioca, um paulista. Todo esse processo foi bem lento até chegar o roteiro final. Perguntado a Natália se o grupo encontrou algum desafio para o espetáculo sair das salas de ensaio para o público. Ela enfatizou que foram inúmeros obstáculos – primeiro foi a indisponibilidade de datas para se apresentar que fossem compatível com agenda do coral, falta de apoio do poder público, e também a carência de recursos financeiros e que muitas vezes tiveram que tirar dos seus bolsos o custo para o cenário do musical. E manter o “pique” dos coralistas, a motivação, o foco porque foram seis meses de preparação ela finaliza – não foi fácil exigiu o trabalho dos dirigentes que foi incrível para que os coralistas se permaneçam firmes e animados até esse resultado.

Quando questionado a Natália se o projeto será apresentado em outras regiões entusiasmada fala que sim. A ideia é levar pelo menos para as cidades de perto e vão se escrever em outros festivais. Visto que é um projeto que tem muito potencial. Outro fator curioso que Natália relatou foi como surgiu o nome Gaudêncio. Quando estava escrevendo chamava o personagem de gaúcho mais não achava o nome legal e levou para o grupo, que sugeriram Gaudêncio “o nome que todo mundo se identifica”.

Por Regiane Ferreira