O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (23) que o governo federal vai “acelerar o passo” para garantir o equilíbrio das contas públicas do país depois da aprovação, pelo Congresso Nacional, do chamado arcabouço fiscal, que definiu um novo conjunto de regras para os gastos públicos.
“O arcabouço fiscal caminha para o equilíbrio, e a nossa tarefa é estabelecer o ritmo desse equilíbrio. Portanto, nós temos uma etapa pela frente que é dar sequência ao arcabouço fiscal, com a lei orçamentária e as medidas que a acompanham, para fazer valer o objetivo de acelerar o passo em relação a esse equilíbrio, que vai permitir que o Brasil, na situação geopolítica que se encontra, possa fazer valer as suas vantagens competitivas em relação aos demais países e possa acelerar a sua taxa de crescimento”, afirmou Haddad.
A declaração do ministro ocorreu em uma entrevista a jornalistas em Joanesburgo, na África do Sul. Ele acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cúpula do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo Haddad, com as novas regras definidas pelo arcabouço, a economia brasileira pode crescer com sustentabilidade.
“A economia brasileira não cresce há dez anos. Eu penso que a reforma tributária, o arcabouço fiscal e as medidas que corrigem o desequilíbrio fiscal, recuperando a base fiscal que foi dilapidada ao longo dos últimos anos, vai ao encontro desse anseio de restabelecer condições macroeconômicas de crescimento sustentável. E crescimento acima da média mundial, que tem que ser o objetivo do Brasil”, destacou Haddad.
“Nós somos um país de renda per capita medida por paridade do poder de compra ainda com uma renda muito baixa na comparação com países com igual potencial do Brasil. Então, para que isso seja corrigido, nós precisamos ter um crescimento sustentável. Essas medidas — reforma tributária, marco fiscal e as medidas de recomposição fiscal — formam um conjunto, e nós esperamos que venha trazer uma taxa de crescimento maior. Sustentável do ponto de vista da inflação e sustentável do ponto de vista social”, reforçou.
Por R7