O município de Getúlio Vargas decretou situação de emergência devido à estiagem prolongada que assola a região desde dezembro de 2024. O Decreto nº 4.077, assinado pelo prefeito Pedro Paulo Prezzotto em 28 de fevereiro de 2025, reconhece oficialmente os impactos severos da falta de chuvas, que resultaram em perdas significativas para a agropecuária e na escassez de água para consumo humano e animal.
De acordo com laudos técnicos da Emater, as perdas na produção agrícola são alarmantes: 50% na safra de milho, 41,9% na soja e 46,4% na produção de feijão. O setor leiteiro também sofre consequências severas, com uma redução estimada em 35% na produção. Além dos danos econômicos, a estiagem afeta diretamente cerca de 550 famílias, que dependem dessas atividades para subsistência.
CRISE HÍDRICA E IMPACTOS NO CAMPO
Os reservatórios, açudes e bebedouros naturais que abastecem as propriedades rurais estão em níveis críticos, agravando a escassez de água para o gado e comprometendo a produção agrícola. O racionamento de água já é uma realidade em diversas áreas, comprometendo não apenas a agropecuária, mas também o abastecimento doméstico em algumas localidades.
A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC) reforçou a gravidade da situação e recomendou a adoção de medidas emergenciais. “A seca tem impactado profundamente a economia do município e a vida das famílias rurais. Estamos mobilizando todos os órgãos municipais para mitigar os danos e buscar soluções para amenizar os efeitos dessa crise”, destaca o prefeito de Getúlio Vargas, Pedro Paulo Prezzotto.
MEDIDAS EMERGENCIAIS
Com o decreto, a Prefeitura de Getúlio Vargas poderá agilizar ações para enfrentamento da estiagem, incluindo a captação de recursos estaduais e federais para assistência aos agricultores afetados. Entre as medidas previstas estão:
- Mobilização de órgãos municipais para resposta ao desastre;
- Campanhas de arrecadação e apoio às famílias atingidas;
- Convocação de voluntários para reforçar as ações emergenciais;
- Possibilidade de dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços essenciais ao enfrentamento da crise;
- Utilização de propriedades privadas em casos de risco iminente, garantindo posterior indenização ao proprietário.
O decreto tem validade de 180 dias e possibilita a adoção de medidas urgentes para minimizar os prejuízos causados pela estiagem. A administração municipal segue monitorando a situação e reforça o pedido de conscientização da população para o uso racional da água.
APOIO E MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE
Diante do cenário crítico, a Prefeitura pede apoio da população na economia de água e no auxílio às famílias mais afetadas. Além disso, produtores que necessitam de suporte podem buscar orientação junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e à Defesa Civil.
Com este decreto, Getúlio Vargas busca suporte governamental e medidas rápidas para amenizar os impactos da estiagem, garantindo assistência aos agricultores e pecuaristas que enfrentam um dos períodos mais desafiadores dos últimos anos.
Por Ascom PMGV