O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação sobre o sigilo imposto a 99% dos gastos da Presidência da República com cartões corporativos. O processo foi desencadeado por um pedido do Ministério Público, que questiona a falta de transparência nas despesas realizadas desde o início de 2023.
De janeiro de 2023 a abril de 2025, a Presidência utilizou R$ 55,5 milhões por meio desses cartões, mas R$ 55,2 milhões desse total foram mantidos sob sigilo, impedindo o acesso público às informações detalhadas.
Essa medida levanta sérias preocupações quanto à transparência na gestão dos recursos públicos. Embora o uso de cartões corporativos seja permitido para cobrir despesas específicas e urgentes, a regra é que os valores e detalhes das transações sejam acessíveis à sociedade.
O TCU agora avaliará se há justificativa legal para a manutenção de tal sigilo sobre a quase totalidade das despesas, reacendendo o debate sobre os limites da confidencialidade em gastos públicos e a importância do controle externo das contas da União.