Gabriel Souza não deve ter resistências para ser o candidato do MDB ao governo do RS

Vice-governador tem respaldo das principais lideranças do partido, que busca manter unidade e reforça decisão de ter candidatura própria

Gabriel Souza encontra à sua frente um caminho livre para ser candidato do MDB ao Palácio Piratini em 2026. O vice-governador do Rio Grande do Sul não apenas é visto como o nome natural para a sucessão de Eduardo Leite (PSDB), como tem o respaldo das principais lideranças emedebistas, personifica uma unidade que pretende deixar para trás o racha de 2022 e não deve ter fortes adversários internamente.

Durante a primeira reunião do diretório estadual do MDB em três anos, Gabriel foi incessantemente alçado como um pré-candidato a governador. Após não ter cabeça de chapa pela primeira vez na história nas últimas eleições estaduais, já está decidido que um emedebista concorrerá ao governo gaúcho.

Diferentes fontes afirmam que é “zero” a chance de Gabriel não se candidatar. Sebastião Melo, internamente, tem afirmado que não deixará a prefeitura de Porto Alegre em meio ao mandato e não se discute outros possíveis quadros no momento.

Gabriel representa uma unidade partidária a ser buscada e mantida. Os dirigentes não querem repetir o racha de 2022, que levou alas da legenda a apoiar Onyx Lorenzoni (PL) ao Piratini contra a chapa de Eduardo Leite (PSDB) que tinha um emedebista como vice. Assim, sua candidatura angariou a simpatia de figuras importantes como os ex-governadores Pedro Simon, José Ivo Sartori e Germano Rigotto, o presidente estadual Vilmar Zanchin e a bancada da Assembleia Legislativa.

Ainda a mais de um ano e meio do pleito, as primeiras pesquisas de intenção de voto foram divulgadas. Para o dirigente do partido no RS, há margem para crescimento. “É natural que o vice-governador não tenha a mesma projeção que o governador, mas o Gabriel tem exercido um papel importante e é protagonista em diversos projetos. Pesquisa eleitoral a mais de um ano da eleição não significa um retrato da realidade. Não vamos esquecer que o MDB, nos dois últimos governos que tivemos aqui no Estado, Sartori e Rigotto, começaram com 2% nas pesquisas e acabaram sendo eleitos”, afirmou Zanchin.

Questionado, o próprio Gabriel afirmou ser cedo demais para se colocar como pré-candidato. “É muito cedo ainda para ser candidato. Temos muita coisa para fazer no governo e tem outras tarefas partidárias, como a montagem da nominata proporcional. Tem muita ansiedade no ar, já teve três pesquisas eleitorais. Achei bom o resultado, sou muito desconhecido ainda”, afirmou o vice-governador.

Durante o encontro do diretório, os dirigentes estabeleceram um calendário para 2025, com convenções municipais em todo o Estado, encontros da executiva, reuniões com presidentes municipais e outras programações regionais. Zanchin avisou: “O Gabriel tem que estar em todos”.

Por: Diego Nuñez Correio do Povo