Nas últimas semanas, cidades das mais diferentes regiões do Brasil registraram casos de violência em escolas. Esta recente e preocupante onda de ataques – muitos dos quais resultam em vítimas fatais – tem chamado a atenção de autoridades, inclusive em Erechim. Na manhã desta quinta-feira (13), a Frente Parlamentar da Educação Infantil liderou uma reunião no plenário da Câmara com o objetivo de discutir estratégias a fim de reforçar e aprimorar a segurança nas instituições de ensino no município.
Participaram da atividade a presidente da Frente Parlamentar, vereadora Sandra Picoli (PCdoB); o presidente do Poder Legislativo, Serginho Bento (PT); a secretária de Educação Verenice Lipsch; o comandante do 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM), major André Konigonis; a delegada da Polícia Civil Raquel Kolberg; o promotor de justiça Daniel Barbosa Fernandes; o defensor público Angelo Turra Trevisan; a representante do Conselho Municipal de Educação, Licini Karspinski; e o representante do Conselho Tutelar, Luciano Perosa, além de vereadores que compõem a frente.
O que já funciona e o que pode melhorar
Atualmente, todas as escolas das redes municipal e estadual, bem como da rede privada (exceto escolinhas de educação infantil), contam com suporte do Programa Sentinela de Vigilância Eletrônica, que monitora 24h por dia através de câmeras integradas à central de videomonitoramento localizado no 13º Batalhão de Polícia Militar. Mesmo com este importante recurso, as autoridades consideram necessários alguns acréscimos na segurança, como implantação de botões de pânico e portas giratórias com detectores de metais. Conforme detalhou a secretária de Educação, eventuais medidas implementadas passarão por estudo técnico aprofundado, sempre levando em consideração as consequências pedagógicas no ensino das crianças e jovens.
Combate à desinformação é essencial
Tão logo foi noticiado o atentado em uma escola de Blumenau (SC), na última semana, uma série de informações falsas começaram a circular por Erechim por meio de mensagens no WhatsApp. Muitas delas faziam menção a supostos ataques ocorridos em escolas do município – o que não procede, já que não há qualquer registro deste tipo de fato na região. Na oportunidade, todos os presentes enfatizaram que mensagens com conteúdos desta natureza devem ser encaminhadas unicamente às Forças de Segurança para que haja o devido atendimento caso necessário, e não reproduzidas em redes sociais sem qualquer checagem.
Famílias têm papel importante
Para a presidente da Frente Parlamentar da Educação Infantil, é de grande valor a união de esforços entre poder públicos, entidades e órgãos de segurança pública. No entanto, é igualmente importante a participação efetiva das famílias no que diz respeito à prevenção de ataques violentos, uma vez que muitos casos são realizados pelos próprios alunos. “Várias das propostas debatidas são plenamente possíveis de serem executadas, mas precisamos avançar na parte de conscientizar as famílias, especialmente em relação ao acesso à internet sem controle pelos filhos. Sabemos que muitos destes casos ocorrem como consequência de casos de bullying em redes sociais e jogos de desafios que estimulam discursos de ódio. Precisamos nos envolver mais e nos atentarmos para como estamos educando nossos filhos”, afirma Sandra.
Por Assessoria de Comunicação