Foram as grandes e constantes devastações provocadas por guerras e a previsão de desemprego, aliada à propaganda que o governo brasileiro fazia das imensas terras produtivas e fartura, que despertou o interesse dos alemães em sair de sua pátria e aventurar-se mar adentro em busca de melhores condições de vida. Foi em 6 de fevereiro de 1910, que chegaram a Erechim vinte e oito alemães entre adultos e crianças. Antes porém, desde 1824, existem registros de alemães vindos para o Rio Grande Do Sul e instalados na região de São Leopoldo.
Ao chegarem na Colônia Erechim, porém, o que eles encontraram não foi exatamente o que havia sido prometido: terras com mata fechada, sem ferramentas ou qualquer meio digno de sobrevivência. Procurando ocupar sempre as áreas mais baixas, com muito trabalho, aos poucos foram desbravando as matas, construindo suas casas em povoados, procurando sempre viverem cultuando suas tradições, tendo sempre a religiosidade como ponto forte.
Apesar de menor número em relação aos demais imigrantes, os alemães destacavam-se pela facilidade em diversificar as suas atividades, que iam desde a agricultura, como também a habilidade para projetar e construir pontes, prédios e trabalhar na ferrovia. Também tinham destaque no comércio, através do chamado caixeiro viajante.
Com o início da segunda guerra mundial em 1939, outro grande contingente de alemães chegou em Erechim. Juntamente com a guerra e a adesão brasileira aos aliados, vieram também a proibição da língua alemã em solo nacional e várias represálias do governo federal em relação ao povo teuto-brasileiro, que nada tinha a ver com as intensões do ditador alemão.
Com presença marcante na história de Erechim, o alemão destacou-se em fatos e obras muito significativas, como a construção do castelinho, a igreja conhecida como Sinonal e o Centro Cultural 25 de julho, onde aconteciam as festas e encontros dos imigrantes. A alegria, a dança, a culinária, eram e ainda são presença marcante em qualquer encontro deste destemido imigrante que tanto fez e faz por Erechim.
Fotos: Arquivo Histórico Municipal