“Foi um fenômeno como mulher gaúcha”: velório de Mary Terezinha reúne família, amigos e fãs em Porto Alegre

Artista está sendo velada no Cemitério Ecumênico João XXIII, em cerimônia aberta ao público nesta terça-feira

Familiares, amigos e fãs de Mary Terezinha estão reunidos, nesta terça-feira (1º), no Cemitério Ecumênico João XXIII, na Sala Cerimonial Premium, onde o corpo da artista está sendo velado.

cantora morreu nessa segunda-feira (30), aos 79 anos, de causas naturais. Ela deixou dois filhos, o oficial de justiça, Alexandre Teixeira, 57 anos, e a empresária Liane Teixeira, 49. Ambos fruto do relacionamento de Mary com Teixeirinha.

No espaço dedicado para a última despedida da cantora e acordeonista, um telão foi instalado atrás do caixão, passando slides de fotos de diversos momentos da prestigiada carreira da musicista.

Ao fundo, nas caixas de som, podem ser ouvidos sucessos na voz da cantora. Uma despedida emocionante, celebrando o legado da artista, que foi uma instrumentista pioneira no Estado.

Liane, que mora na Itália há 20 anos, chegou para visitar a mãe na última semana. E, segundo a filha de Mary, a artista estava a esperando para se despedir.

— No domingo, a gente sentou, conversou, demos risada e brincamos — recorda Liane. — Ela foi um fenômeno como mulher gaúcha, levando o nome do Rio Grande do Sul para muitos lugares. Uma pioneira. Ela não tinha medo de nada, sabia dizer não e não tinha medo disso.

Alexandre detalha que a sua mãe estava bem de saúde, apesar do problema de locomoção, devido a duas fraturas no fêmur. Por isso, segundo o filho, a morte de Mary foi súbita, pegando a todos de surpresa. Ela vivia em um residencial para idosos havia dois anos.

— Ela e o pai foram gênios. Eles conseguiram mudar a história do Rio Grande do Sul, revolucionaram na parte artística — explica o primogênito de Mary.

Também filho de uma lenda da música gaúcha, Lupicínio Rodrigues Filho, o Lupinho, esteve no velório de Mary Terezinha para prestar uma homenagem. Inclusive, ele recorda que a artista chegou a gravar músicas de seu pai, o eterno Lupicínio Rodrigues.

— A Mary é uma das pessoas mais bem situadas no nosso cancioneiro. Nada mais justo que receba todas as nossas homenagens. Perdemos um grande monumento nessa arte da vida com a retirada da Mary Terezinha — salienta Lupinho.

A cerimônia, que é aberta ao público, começou às 13h e se estende até às 19h, quando o corpo de Mary Terezinha será cremado, também no Cemitério Ecumênico João XXIII.

Por GZH