Com 20.399 unidades custeadas via FGTS no Minha Casa Minha Vida (MCMV), o Rio Grande do Sul atingiu a marca de R$ 3,1 bilhões em financiamentos habitacionais entre janeiro e junho deste ano. O valor supera em 55% os R$ 2 bilhões apurados em igual período de 2023. ,O avanço registrado no país, no mesmo período, foi de 47%.
E a tendência é de que esse descolamento entre os valores financiados no Brasil e no RS seja ampliado até o fechamento de 2024.
Isso acontece, conforme explica o diretor de Habitação Social do Sinduscon-RS, Ricardo Prada, porque além da necessidade de reconstrução de moradias em mais de 400 municípios gaúchos atingidos pela enchente, o mercado está atento a outros fatores responsáveis por aquecer a demanda.
Um é o fluxo migratório de pessoas afetadas pela tragédia de maio para cidades próximas e menos afetadas. Outro, diz respeito à reacomodação de pessoas desabrigadas e que residiam em locais irregulares.
Existem ainda quatro portarias do governo federal que começam a regrar o programa de reconstrução de moradias, cuja meta é repor residências, no valor de até R$ 200 mil, para cerca de 20 mil pessoas no Estado.
Em uma das modalidades previstas, abre-se a possibilidade para que o governo custeie as unidades direto na planta de habilitados conforme requisitos, pagando inclusive bônus por celeridade nas entregas. Esse elemento já gera corrida para aquisição de terrenos que contemplem a uma série de critérios – o principal é a segurança quanto à exposição a zonas já alagadas.
Fonte: GZH