Na última semana, o Banco Central da República Argentina (BCRA) impôs mais restrições ao dólar, algumas com impacto direto no Rio Grande do Sul.
Uma das medidas, válida até o fim de outubro, inclui a importação de remédios, derivados de petróleo e alimentos – entre outros produtos – na lista que precisa de autorização prévia do sistema de importações do país. Para os gaúchos, já afetados pela crise no país vizinho, é mais um risco de atraso no pagamento ou barreira aos negócios.
Nesta semana, a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) informou que as exportações industriais gaúchas caíram 21,6% em setembro – em parte, por efeito dos problemas de vender à Argentina.
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) também manifesta preocupação com a mudança. Mesmo que a Argentina seja neste ano a principal importadora de calçados gaúchos, o número de pares exportados para o país entre janeiro e setembro deste ano caíram cerca de 12% em comparação com o mesmo período em 2022.
Outra preocupação em relação ao futuro das exportações gaúchas aos vizinhos reside na proposta de dolarização da economia argentina defendida pelo candidato apontado pelas pesquisas como favorito à eleição presidencial, Javier Milei. Conforme estudo recente do Instituto Internacional de Finanças (IIF), a medida, se de fato colocada em prática, provocaria forte redução das importações por parte dos argentinos.
Fonte: GZH