Exército ordena vacinação a tropas e proíbe divulgação de fake news

O comando do Exército divulgou nesta quinta-feira (06) as diretrizes para o combate à Covid-19. Entre as orientações que os militares devem seguir, estão a vacinação para quem retornar ao trabalho presencial, o distanciamento, o uso de máscaras e a proibição de espalhar fake news sobre a pandemia.

O documento, assinado pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, deixa claro que o objetivo é o retorno pleno de todas as atividades administrativas e operacionais e que isso é possível devido ao avanço da vacinação contra a Covid-19, desde que sejam respeitadas as normas sanitárias de estados e municípios, além das recomendações do Ministério da Saúde.

O comandante determina ações de proteção individual e a comprovação da vacinação para volta ao trabalho presencial, ações que vão contra pontos defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro, como a não obrigatoriedade da vacina.

As regras foram publicadas pelo site O Antagonista. São 52 pontos. Entre eles, o Exército determina que: os militares e os servidores civis que retornarem de viagem internacional, a serviço ou privada, ainda que não apresentem sintomas relacionados à Covid-1 deverão realizar o teste molecular (RT-PCR) até 72 horas antes do embarque.

Exército proíbe militares de divulgar fake news sobre pandemia e pede vacinação para trabalho presencial; exército proíbe militares de divulgar fake news sobre pandemia e pede vacinação para trabalho presencial.

Para as ações de campo, como as de forças-tarefas humanitárias, e nas operações de faixas de fronteira: estabelece que é preciso continuar adotando medidas de prevenção à contaminação pelo coronavírus; recomenda o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos.

O Exército trabalha, por exemplo, na acolhida de refugiados da Venezuela, em Roraima, e também acompanha o trabalho de vacinação de indígenas. O documento reforça que pode haver o retorno às atividades presenciais: desde que respeitado o período de 15 dias após imunização contra a Covid-19.

Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP (Departamento Geral do Pessoal), para adoção de procedimentos específicos; o comandante-geral determina ainda que será avaliada a manutenção das missões internacionais ainda não iniciadas e, também, a realização de seminários, palestras, solenidades, confraternizações que impliquem na aglomeração de pessoas. E diz que a prestação de informação falsa sujeitará o militar ou o servidor às sanções penais e administrativas previstas em lei.

Outro ponto dessa diretriz do Exército chamou a atenção. Proíbe que os militares divulguem nas redes sociais qualquer informação sobre a pandemia sem antes confirmar a fonte e checar se ela é verdadeira, ou seja, não pode divulgar fake news. O documento diz ainda que os militares devem orientar os parentes a agirem dessa mesma forma.

 

Fonte: O Sul