Equipe do norte do RS testa segurança das urnas eletrônicas

O Programa Hora Extra da Rádio Cultura desta terça-feira, 16, entrevistou o coordenador do curso de Ciência da Computação da IMED de Passo Fundo, professor Marcos Roberto dos Santos. A pauta foi a segurança das urnas eletrônicas.

São tantos os boatos sobre a fragilidade do sistema eleitoral brasileiro, que utiliza urnas eletrônicas para validar os votos da população, que a IMED esteve entre os selecionados do Tribunal Superior Eleitoral – TSE para investigar possíveis fragilidades dos sistemas de segurança desses equipamentos.

No mês de outubro os professores Marcos Roberto dos Santos e Vinicius Borges Fortes estiveram em Brasília acompanhados de um grupo de acadêmicos participando do Teste Público de Segurança – TPS 2021, analisando e desvendando códigos-fonte. O grupo pode colocar à prova as possíveis fragilidades que possam surgir na programação desse instrumento, que agiliza e muito, a votação e apuração dos votos no processo democrático.

Segundo Marcos Roberto o TPS é realizado pela Justiça Eleitoral e conta com a ajuda da sociedade para testar o sistema eletrônico de votação. Durante os dias de checagem, o grupo de investigadores composto por 18 pessoas, realizaram uma maratona de inspeção dos sistemas utilizados nas urnas eletrônicas. “Escrevemos planos de testes e segurança com a intensão de quebrar a segurança da urna eletrônica buscando brechas e vulnerabilidades que softwares e hardwares possam ter”.

O professor afirmou que muito se fala sobre a insegurança da urna eletrônica. “A gente sabe, como profissional de tecnologia, que todo sistema eletrônico possui vulnerabilidades e quando chegamos no contexto da urna eletrônica que é totalmente digital a gente presume que sim, tem vulnerabilidades”. Marcos Roberto dos Santos explicou que qualquer pessoa pode testar as urnas eletrônicas através de agendamento e mesmo assim poucas pessoas se propõem a realizar estes testes.

Marcos Roberto afirmou que o grupo de investigadores da IMED ficou muito satisfeito com as condições técnicas impostas pelo TSE. “Até hoje nenhuma fraude de voto foi comprovada”, afirmou.

O professor concluiu dizendo que esse momento foi muito produtivo, e a experiência tanto alunos quanto para professores foi extremamente produtiva, e gera uma série de aprendizados para virar experiência de sala de aula finalizo Marcos.

Neste mês a equipe da IMED retorna a Brasília onde dará seguimento aos testes de segurança.

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