A propriedade dos produtores Gildo e Rodrigo Cozer, localizada na Linha Monte Claro, em Viadutos, sediou uma atividade na quarta-feira (02/12) visando avaliar a redução das perdas na colheita em lavoura experimental de trigo através do uso da tecnologia.
Apesar da baixa produtividade da lavoura em função da estiagem prolongada foi possível testar a metodologia aplicada com a colheitadeira JD 1175, do agricultor Valter Luiz Zonin. A inovação tecnológica é patente do empresário Olmiro Lovatto da Inova, da empresa Implementos Agrícolas de Viadutos. A novidade refere-se à adaptação e pequena modificação no saca-palha e peneiras da colheitadeira, sem modificações na estrutura básica da máquina, fazendo com que a palha seja melhor distribuída e não arraste grãos para fora.
A ação foi acompanhada pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Valdir Pedro Zonin e da extensionista rural social, Daiane de Mattos. Também participaram o secretário municipal da Agricultura de Viadutos, José Olkoski, e os proprietários da lavoura Gildo e Rodrigo Cozer, dentre outros.
“A metodologia utilizada pela Emater/RS-Ascar e pela Secretaria Municipal da Agricultura foi acompanhar a colheita, fazendo amostragens com a utilização de um coletor de palha e grãos adaptado após o saca-palha da colhedora. O coletor de 30 cm de largura absorvia palha e possíveis grãos perdidos, em 30 metros lineares colhidos para cada amostragem”, observa Zonin. Foram feitas cinco amostragens, em que foi coletado uma média de perdas, verificada “in loco”, de dois grãos por amostra.
Segundo Zonin, “mesmo com o específico baixo do cereal, foi considerado neste caso o peso de mil sementes em 35 gramas, que é a média na região do Alto Uruguai. Neste caso, foi possível observar uma perda média de dois grãos por amostragem de 1,17 m2, ou seja, de 17.094 sementes por hectare (10.000m2). Número equivalente a 598 gramas de grãos perdidos por hectare. Considerado um resultado fantástico, perante os mais de 100 kg de grãos de trigo perdidos em média na nossa região e no Estado”.
Para José Olkoski, o resultado foi excelente. “Vamos continuar os testes também nas culturas de milho e soja”, garantiu. Olkoski observou ainda que o resultado faz com seja repensado o processo de colheita, com a finalidade de evitar perdas exageradas. “Certamente, em comprovando a viabilidade desta inovação, estaremos incentivando para os demais agricultores a adoção da tecnologia. Sendo um grande ganho futuro no município”, ponderou.
Já o empresário Lovatto, garante o funcionamento e viabilidade da inovação, dizendo estar pronto para todas as adaptações que forem necessárias nas mais variadas colhedoras de uso na região. O custo é compatível, já que as adaptações se pagam apenas com a economia das perdas de um ano de colheita.