Ensaio fotográfico no CAPSad celebra maternidades, recomeços e o cuidado em liberdade

No CAPSad de Erechim, cuidar não é conter — é reconhecer. É abrir espaço para que mulheres, tantas vezes silenciadas, possam se ver, se lembrar e se reinventar

Nesta semana, o serviço realizou um ensaio fotográfico com usuárias/mulheres, mães, cuidadoras e recomeçadoras de si. A ação, conduzida com afeto e generosidade pela fotógrafa Flávia Santos, trouxe à luz retratos que não buscam capturar — mas libertar. Olhares que narram histórias de dor e coragem, de invisibilidade e reaparecimento.

(Fotos: Divulgação/Flávia Santos)

O projeto foi idealizado pela equipe multiprofissional do CAPSad como um ato político e poético, parte da reabilitação psicossocial feminista que reconhece a saúde mental como direito, e não como silêncio imposto.

Aqui, a maternidade não é idealizada, mas escutada. Aqui, autoestima não é exigência — é processo. Aqui, cada mulher é chamada pelo nome, não pelo diagnóstico. “Não é só uma foto. É um pedaço meu que eu reencontrei”, disse uma das participante

(Fotos: Divulgação/Flávia Santos)

As imagens foram construídas como partilha — e não como vitrine — e expressam o que há de mais radical no cuidado em liberdade: o direito à beleza, à ternura, ao espelho e à reconstrução sem vergonha. Porque uma sociedade mais justa se faz com muitas mãos estendidas, solidárias e sensíveis.

A diretora de Ações e Serviços de Saúde Mental, Juliana Deboni Conci agradece com carinho à loja C&K Noivas, à Miniroupínea e ao Gabinete da Primeira-Dama, que se somaram a esse gesto coletivo de cuidado e dignidade, oferecendo vestuário, apoio e acolhimento com afeto e respeito.

(Fotos: Divulgação/Flávia Santos)

“Que essas imagens derrubem muros. Que inspirem outras mulheres a reocupar sua própria história. Que ecoem o que a Reforma Psiquiátrica nos ensinou: ninguém é invisível. Nenhuma dor é destino. Nenhuma mulher é resto. Parabéns à equipe do CAPSad por seguir fazendo da clínica um lugar habitável. E à fotógrafa Flávia Santos, por transformar o clique em gesto político de reconhecimento e reparação. Seguimos antimanicomiais. Seguimos plurais. Seguimos por elas”, disse a diretora de Saúde Mental.

Por: SMGG Diretoria de Comunicação

 

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