Os profissionais de enfermagem – enfermeiros, técnicos e auxiliares – são fundamentais para a garantia de uma assistência segura e de qualidade nos serviços de saúde. Eles estão 24 horas por dia ao lado dos pacientes e em todas as fases da vida, desde o nascimento.
Eles são o coração do cuidado da saúde
Por isso, e também pelo que representam nesse momento de pandemia causado pelo novo Coronavírus, os dias 12 e 20 de maio, considerados o Dia do Enfermeiro e do Técnico e Auxiliar em enfermagem, devem ser lembrados e comemorados por todos.
NÃO ME IMAGINO EM OUTRA CARREIRA
A enfermeira Fernanda Dlugokenski, que atua na UTI Neonatal do Hospital de Caridade de Erechim, destaca que a profissão de enfermeira, além de promover o cuidado ao paciente, também deve ser o ponto de equilíbrio da equipe. “Afinal, ninguém faz nada sozinho”, assegura. Segundo ela, é necessário se capacitar e repassar seu conhecimento aos liderados. Para a enfermeira, que está no HC há mais de 15 anos, uma das principais qualidades de um profissional da enfermagem é a empatia – colocar-se no local do outro. “O paciente confia sua vida ao enfermeiro”, ressalta Fernanda.
Ela conta que sua história com o HC iniciou antes de nascer. Sua mãe trabalhou 35 anos no Hospital e ela lembra de andar pelos corredores quando criança. Antes de ser enfermeira, foi técnica de enfermagem. Seu cargo foi conquistado por meio de uma seleção interna, após ter concluído a graduação em Enfermagem. Para ela, o valor da profissão está no cuidar do outro. Por isso, afirma: “Não consigo pensar em outra carreira para minha vida”.
PACIENTE QUER ATENÇÃO
A técnica em enfermagem da Maternidade do HC, Fabíola Brigida Bury, destaca que a sua profissão, por estar na linha de frente do cuidado, tem entre as atribuições oferecer suporte físico e emocional tanto para os pacientes como para os seus familiares. Segundo ela, três pontos são fundamentais para o exercício da profissão: ética, profissionalização e humanização. Fabíola também reforça que, muitas vezes, é necessário se colocar no lugar do paciente para compreender sentimentos e angústias, conhecer a personalidade para poder realizar o cuidado da melhor forma. “Na maioria das vezes o paciente não precisa somente de medicação, mas de alguém para lhe ouvir. Por isso, nós não cuidamos apenas do lado físico do paciente, mas também do emocional”, sentencia Fabíola.
HC: SUA SEGUNDA FAMÍLIA
A auxiliar de enfermagem da unidade de internação B, Beatriz Rita Ceconello de Oliveira, desde cedo já sabia o que queria para a sua vida: cuidar das pessoas. E é isso que a realiza. Há 37 anos dentro do Hospital de Caridade, Beatriz afirma que dá uma atenção especial à chegada do paciente à clínica. “Minha primeira preocupação é recebe-lo bem e acomodá-lo, assim como a sua família”, comenta. Segundo ela, cada paciente tem uma história para contar e ele gosta, especialmente, de ser ouvido. Tendo trabalhado em diversos setores do Hospital, iniciou na Copa e estudou para se tornar auxiliar, passando 15 anos na UTI, Beatriz sorri com os olhos e afirma que o HC é a sua segunda família.
MEDOS
Apesar de não estarem na unidade de internação Covid, Fernanda, Fabíola e Beatriz participaram de treinamentos oferecidos pelo HC para o enfrentamento do novo Coronavírus. Graças a isso, elas sabem que se for preciso estão preparadas para atenderem pacientes com a doença. “Nos sentimos seguras”, resumem as profissionais que destacam a força da equipe do HC, e também os cuidados do hospital com seus colaboradores e pacientes.
NÚMEROS IMPORTANTES
O Hospital de Caridade de Erechim conta com 34 enfermeiros, 178 técnicos de enfermagem e cinco auxiliares de enfermagem, o que representa cerca de 43% do quadro de colaboradores da instituição, informa a gerente assisitencial, Tais Neis.
VOCÊ SABIA?
# No âmbito hospitalar do HC, Tais Neis explica que ao enfermeiro cabe, além dos procedimentos técnicos específicos da sua função, a liderança da equipe, o gerenciamento do setor e o planejamento e gestão da assistência ao paciente. Aos técnicos e auxiliares, maior parte da categoria, cabe à execução dos procedimentos técnicos que são de sua competência, como administração de medicamentos conforme a prescrição médica, realização de curativos, higiene e conforto do paciente, entre outros.
# Conforme a gerente assistencial Tais, a enfermagem evoluiu muito com o passar dos anos, passando de empírica a uma profissão científica e reconhecida, conquistando espaços em hospitais, escolas, saúde pública, empresas e outros segmentos. “É uma profissão linda, gratificante, onde o que prevalece é, de fato, o amor ao próximo; o que, porém, por si só não é suficiente, pois exige muito conhecimento técnico e científico, além de características como habilidade técnica, agilidade, concentração e boa comunicação”, observa a profissional.