Os reflexos da pandemia de Covid-19 foram sentidos em inúmeros setores, principalmente no comércio. Os negócios familiares não ficaram imunes ao abalo provocado pelas restrições impostas à atividade econômica e precisaram se reinventar. Na Agroindústria Du Campo, empresa de Ponte Preta, na região do Alto Uruguai, a aposta foi investir nas redes sociais para não atingir a demanda. Dioni Salcher, sócio da marca e marido de uma das fundadoras, Eleziane Sakrczenski, conta que a Agroindústria enfrentou o período sem surpresas e até aumentou as vendas depois das consultorias do Programa Juntos para Competir, desenvolvido pela Farsul, Senar-RS e Sebrae RS.
Com a necessidade de distanciamento social, as vendas de forma direta, que faziam parte de 90% do faturamento da Du Campo, ficariam comprometidas. “Praticamente não usávamos as redes sociais. Não tínhamos nem página no Facebook, nem perfil no Instagram. Foi a nossa saída. Aprendemos a montar os posts e registramos aumento nas vendas, chegou a 30%”, lembra Salcher. Para o empreendedor, as consultorias de marketing, gestão e o auxílio para montar as tabelas nutricionais também foram fatores que fizeram com que a Agroindústria enfrentasse a pandemia sem sobressaltos.
Entre outras iniciativas que alavancaram as vendas, uma lista de transmissão no WhatsApp foi um dos diferenciais. Agora, a produção de massas caseiras, bolachas, pães, cucas, bolos, tortas e outras iguarias está prestes a ser expandida. Salcher conta que aguarda o registro da marca no INPI para vender os produtos fora do Estado. Com a espera, mais desafios. “Sempre buscamos dar um passo de cada vez. A empresa é familiar, foi criada pela minha sogra Ingrid Sakrczenski e as filhas, Eleziane e Emanoele Sakrczenski, já cresceu muito. Estamos primeiro ampliando as vendas para a região. Sempre foi um sonho colocar nossa mercadoria em outras prateleiras. Devemos muito ao auxílio do Programa Juntos Para Competir”, diz.
No início da pandemia, o Programa realizou diversas ações para auxiliar produtores a organizar um novo modelo de distribuição e garantir a minimização dos prejuízos em empreendimentos que realizavam venda direta, caso da Du Campo. “Tivemos uma atuação relevante auxiliando os produtores a organizarem um novo modelo de negócio, como a venda pelo WhatsApp. Auxiliamos em muitas ações pontuais. Na maioria dos casos tivemos redução de demanda, devido ao longo período de lojas fechadas, mas mesmo assim conseguimos executar tudo que estava em nosso planejamento abrindo mão de consultorias em grupo e fazendo um trabalho mais individual”, destaca André Luis Bringhenti Bordignon, da Gerência de Competitividade Setorial do Sebrae RS.
Fonte: Sebrae