Emater/RS-Ascar retoma capacitações presenciais sobre armazenagem de grãos

Com objetivo de atualizar os agricultores sobre o manejo das unidades armazenadoras instaladas na propriedade rurais e divulgar cada vez mais a armazenagem na propriedade, bem como suas vantagens, como reduzir ao máximo as possíveis perdas que possam acontecer na atividade, a Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), por meio do Escritório Municipal de Floriano Peixoto, promoveu nesta quarta-feira (18/08), capacitação em secagem e armazenagem de grãos na propriedade.

A atividade aconteceu pela parte da manhã na sede do município, de forma presencial, seguindo todos os protocolos sanitários devido à Covid-19. Para a formação foram priorizadas as famílias que já possuem instalações, sendo que algumas delas integram o Plano Socioassistencial que é desenvolvido em Floriano Peixoto. As orientações foram repassadas pelos extensionistas rurais Carlos Angonese e Osmar Vitali.

No município, 18 famílias já possuem instalações de armazenagem em suas propriedades, com capacidade de armazenagem estática total de 23.650 sacas. Os grãos são destinados em sua maioria para comercialização, visando agregar valor aos cereais. Entretanto, a maioria das unidades armazenadoras serve para dar suporte aos criatórios, ou seja, as unidades de maior porte (em menor número) comercializam os grãos e as de menor porte (maioria) os usam na propriedade. A Emater/RS-Ascar estima-se que a armazenagem na propriedade agregue no mínimo R$ 5,00 por saca. Neste contexto, avalia-se que os 18 agricultores familiares de Floriano Peixoto têm um acréscimo de renda de ao redor de R$ 100 mil ao ano apenas por conta do investimento que fizeram.

Na capacitação foram tratados os principais aspectos relativos ao manejo das unidades armazenadoras, desde o recebimento do grão, importância da pré-limpeza, aeração visando a secagem e a conservação dos grãos, controle de pragas e produção de sementes. Também foi evidenciada a importância da

secagem dos grãos para os alimentos de consumo da propriedade e demonstrado um equipamento simples que pode melhorar a eficiência da secagem dos grãos (feijão, amendoim, pipoca, milho para farinha), já que quando secos são conservados com maior qualidade, garantindo a saúde da família.

Em relação ao recebimento dos grãos, foi enfatizada a importância de realizar a separação daqueles quebrados, para evitar problemas durante a fase de armazenagem. As orientações também focaram na importância de realizar imediatamente secagem dos grãos, logo após a colheita, até atingir 13% de umidade do grão, manter o ventilador do silo secador ligado por 10 a 15 dias até a plena secagem.

A Emater/RS-Ascar vem divulgando também o uso de trocadores de calor, no sentido de elevar a temperatura do ar de secagem em até 5º C, visando acelerar o processo de secagem e também garantir que em períodos de chuvas continuadas ocorra a secagem dos grãos. Para a manutenção da qualidade os agricultores foram orientados a rebaixar a temperatura dos grãos, o que colabora para evitar a proliferação de pragas dentro do silo.

Quanto ao controle de pragas, a recomendação foi para os agricultores, após os grãos estarem com unidade adequada, realizarem expurgo com uso de fosfina ou produtos químicos, mas sempre respeitando o período de carência. Outra questão que foi chamada atenção foi quanto à limpeza dos arredores da unidade de armazenagem, como também depois de retirados todos os grãos do silo, realizar a lavagem e limpeza, bem como a pulverização da construção.

Outra alternativa para as famílias que possuem armazenagem instalada é aproveitar a estrutura para a secagem e conservação de sementes de alta qualidade, para as culturas de trigo, aveia, ervilhaca, nabo entre outras. Floriano Peixoto já conta com esta experiência em duas propriedades que estão selecionando, secando e conservando sementes para os futuros cultivos.

Representante da família Rigo, uma das que participou da capacitação, salienta que “é importante relembrar os conceitos ouvidos no curso de armazenagem”. Já o da família Zanelato relata que “está sendo mais eficiente secar meia altura do silo secador, quando comparado à altura total”.

Para o extensionista Vitali, “a formação faz parte da estratégia de Extensão Rural do município, a qual incentiva a armazenagem e repassa informações para que o processo ocorra sem perdas na propriedade”.

O agrônomo Carlos Angonese elogiou a continuidade no trabalho de armazenagem que o município vem executando. “Todos os trabalhos precisam de reciclagens constantes, porque o ser humano se esquece de algumas práticas e muitas vezes procura simplificar as práticas recomendadas”, avaliou.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional Erechim

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