O atual ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (15). O médico estava havia menos de um mês no cargo, tendo assumido o lugar de Luiz Henrique Mandetta, após demissão deste por Jair Bolsonaro.
É a segunda saída de um ministro da Saúde em meio ao combate à pandemia de coronavírus no Brasil. Desde o início do governo de Bolsonaro e até Teich assumir, Mandetta estava no cargo.
Teich vinha passando pelo que vem sendo chamado como “processo de fritura”. Uma pista de que a relação com o presidente não estava estreita foi o momento de constrangimento em que foi avisado pela imprensa da decisão do presidente Jair Bolsonaro, em aumentar a lista de serviços essenciais, O chefe do Executivo sequer o consultou sobre a mudança.
Além disso, Teich não vinha atendendo as expectativas de Bolsonaro em conseguir acordo com Estados e municípios para o plano de flexibilização do isolamento – o presidente segue defendendo a política de isolamento vertical. Teich não apoiava publicamente o desejo do presidente.
Outro ponto nevrálgico era o uso de cloroquina defendido por Bolsonaro para tratamento dos pacientes de coronavírus. Nelson Teich é bastante cauteloso em suas manifestações públicas sobre o tema. Na terça-feira (12), em postagem no Twitter, ressaltou a questão dos efeitos colaterais do medicamento.
Fonte: GaúchaZH