Eleições 2018: A maturidade que pode nos fazer crescer

No programa da Rádio Cultura alusivo aos 100 anos de Erechim, que reuniu diversas entidades de classes e representativas do município, uma palavra foi utilizada diversas vezes e chamou minha atenção: maturidade. No dicionário português a expressão é definida como último estágio do desenvolvimento. Quando ouço pessoas tão importantes e relevantes em nossa sociedade defendendo como nunca antes nossa cidade, região e, principalmente levantando as bandeiras de nossas demandas, acredito de fato, que estamos sim entrando num estágio da maturidade.

O tempo passou, nós evoluímos quanto cidade e região, mas não na velocidade que deveríamos ter avançado. Enquanto Erechim e o Alto Uruguai seguem discutindo as questões micro de políticas partidárias e ideológicas, outras cidades e regiões nem tão distantes daqui, discutem assuntos macros, além de bandeiras partidárias. O debate proposto pela Rádio Cultura na última semana iniciou a cerca de uma década atrás e se olharmos para trás, é possível observar avanços importantes em diversas áreas, uma demonstração de que podemos e temos capacidade para crescer.

Já se passaram cinco meses do anos de 2018 e faltam apenas cinco para que possamos, na prática, mostrar que a maturidade não está apenas no discurso. Outubro é logo ali, e a velocidade do nosso crescimento e desenvolvimento estará em jogo nas eleições gerais deste ano. Ocupar espaços na Assembleia Legislativa e Congresso Nacional com pessoas daqui, será a maior prova de que enfim chegamos ao estágio de maturidade que é necessário para acelerar nosso crescimento.

Quem é daqui, vota em candidatos daqui

O professor e empresário Júlio Brondani é uma das figuras mais respeitadas do nosso município, e na última semana durante o programa Estúdio Boa Vista, da Rádio Cultura, lançou uma frase que poderia representar o sentimento de grande parte da população de Erechim: “Quem é daqui, vota em candidatos daqui”. O prefeito Luiz Francisco Schmidt reiterou esta frase em outras oportunidades também. O presidente da Associação Comercial Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), Fábio Vendruscolo fez questão de reverberar este sentimento. É importante que lideranças como estas chamem para si a responsabilidade de mostrar o quanto é necessário termos representatividade em Porto Alegre e Brasília.

Cadê as marcas do governo?

Já se passou um ano e cinco meses da gestão do prefeito Luiz Francisco Schmidt e até então o governo não conseguiu emplacar nenhuma marca sua. Para não ser injusto, a única que a administração vem conseguindo alcançar é a de aumentar as receitas dos cofres públicos. Quatro anos passam muito rápido e as redes sociais se mostram implacáveis e imperdoáveis com as promessas de campanha. Se de fato o prefeito Schmidt quer fazer o seu governo deslanchar e começar a criar suas marcas, o primeiro passo é promover as mudanças necessárias em setores estratégicos.

Recursos para a Frinape

Apesar de não falar publicamente, a ACCIE espera receber da Prefeitura de Erechim entorno de R$ 1,4 milhão para a realização da Frinape 2018. O valor seria semelhante ao que fora destinado a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para a realização do Natal no município. Nos corredores da prefeitura especula-se que o valor do repasse deverá ser semelhante ao citado, porém, como contrapartida deverá ocorrer a abertura dos portões para a população em alguns dias de feira. Apesar do evento ser organizado pela ACCIE, a Frinape é da população de Erechim e região.

Otimismo com as vendas

Por falar em Frinape, na última semana conversei com o presidente da ACCIE, Fábio Vendruscolo, que se mostrou entusiasmado com a venda dos stands e espaços externos da feira. Apesar de ainda não falar publicamente, não está descartada a realização de um grande show para o lançamento oficial da edição 2018. Que me desculpem os que não concordam, mas somente a Frinape poderá salvar a programação pífia de eventos do centenário de Erechim.

E a festa das Nações?

Anunciada ainda em meados de 2017, a Festa das Nações não deverá ser realizada neste ano, pelo menos é o que tem se ouvido de membros do governo municipal. Inicialmente o evento estava marcado para ser realizado no mês de abril, dentro das festividades alusivas ao centenário de Erechim e até o momento ninguém veio a público dizer quais os motivos para a não realização da tão propagada festa. Aliás, o atual governo parece não ter o feeling e muito menos capacidade para organizar seus eventos. O Erechim é Massa, anunciado com pompa pelo governo no ano passado, deu prejuízo.

É hora de o prefeito mostrar quem manda

Está na hora de o prefeito Luiz Francisco Schmidt reunir seus secretários e mostrar que existe apenas uma prefeitura, na qual quem manda é ele. Tem secretários que estão fazendo de suas secretarias, mini prefeituras. Não sei se é uma estratégia do prefeito para ver até onde vão alguns de seus secretários ou é falta de dar um murro na mesa e mostrar quem realmente é o chefe do Executivo. A criação de “prefeiturinhas” dentro de um governo é um primeiro indicativo de que as coisas não estão bem.

Empresários clamam para poder crescer

Na última semana, em entrevista para a Rádio Cultura, os empresários Márcia e Giovani Pilli, da Indústria Pilli Hidráulicos, relataram o quanto a empresa está deixando de crescer e gerar empregos devido a falta de espaço para ampliar seu parque fabril. A Pilli é mais uma indústria que vê no Distrito Industrial David Zorzi, a possibilidade de expandir seus negócios e gerar mais empregos. O secretário do Desenvolvimento Econômico, Altemir Barp, não tem medido esforços para agilizar o edital, porém, alguns setores do governo parecem fazer questão de retardar o andamento do mesmo. A Pilli é apenas uma entre outras tantas indústrias que só estão em Erechim pela relação familiar com a cidade, caso contrário não faltariam motivos para buscar novos centros.

Por Fábio Lazzarotto