O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul cresceu 2,3% entre abril e junho, no comparativo ao trimestre anterior. Conforme relatório divulgado nesta terça-feira (26) pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), o resultado foi superior ao nacional (0,9%). Também houve alta em relação ao mesmo intervalo no ano passado: 7,5%, enquanto o Brasil registrou 3,4%.
A expansão teve como principais protagonistas a agropecuária (4,1%) e a indústria (3,3%), que também ficaram acima de seus desempenhos no no País (-0,9% e 0,9%, respectivamente). Já o setor gaúcho de serviços registrou uma leve números semelhantes aos nacionais (0,4%, contra 0,6% no Brasil).
Já no acumulado de janeiro a junho, a economia gaúcha cresceu 4,5% em relação ao primeiro semestre de 2022, com destaque para a expansão na agropecuária (29,8%) e serviços (3%). A indústria, por sua vez, apresentou retração de 5,9%. No mesmo comparativo, a economia brasileira registrou alta de 3,7% nos seis primeiros meses do ano.
O relatório conclui, ainda, que os índices acumulados dos últimos quatro trimestres (recorte temporal que começa no terceiro trimestre de 2022 e vai até o segundo trimestre deste ano), o PIB do Rio Grande do Sul apresentou um crescimento de 1,5%. Nacionalmente, essa soma resultou em um índice de 3,2%.
Avaliação setorial
Mesmo afetado por nova estiagem no último verão, o impacto da falta de chuvas nas lavouras gaúcha foi menor que o registrado em 2022. Com isso, a agropecuária apresentou a maior expansão (44%, contra 17% no Brasil) dentre os segmentos econômicos no segundo trimestre, frente ao mesmo período de 2022. A recuperação na produção de soja (36%) e de milho (31,8%) foi determinante.
Na comparação com os mesmos três meses de 2022, a indústria foi o único dentre os grandes setores a apresentar queda no Estado (-5% contra +1,5% no País). As reduções percentuais mais expressivas foram verificadas nas indústrias dos segmentos de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-12,6%).
Mas a principal influência na taxa final do setor foi a exercida pela indústria de transformação, a mais representativa da indústria gaúcha. Nesse caso, a queda foi de 4,8%.
Já no que se refere aos serviços, a variação foi positiva em 2,6% no segundo trimestre, contra 2,3% no País. Como destaques, as atividades de intermediação financeira e seguros (9%), serviços de informação (5,6%) e transportes, armazenagem e correio (3,9%). Uma exceção foi o comércio, com baixa de 1,3% em relação a igual intervalo em 2022.
Nas atividades comerciais, o segmento de veículos foi o principal destaque do período (25,3%), no qual também apresentaram crescimento as vendas dos seguintes itens: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos de perfumaria e cosméticos (8,2%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%), além de material de construção (0,1%).
Nas baixas, os maiores impactos vieram das atividades de comércio relacionadas a outros artigos de uso pessoal e doméstico (-15,2%), combustíveis e lubrificantes (-6,6%), tecidos, vestuário e calçados (-13,1%).
Fonte: O Sul