Na série de entrevistas que a Rádio Cultura está realizando com os pré-candidatos a deputado (estadual e federal), conversamos na última segunda-feira, 16 de julho, com o pré-candidato a deputado federal, Paulo Polis (MDB). No bate-papo, ele destacou quais são seus projetos para o Alto Uruguai e de que forma pretende desenvolvê-los, caso logre êxito nas eleições de outubro. O pré-candidato também falou da importância em diminuir o alto número de votos brancos, nulos e abstenções, que hoje gira em aproximadamente 40% no Alto Uruguai.
Paulo Polis destacou que em suas caminhadas pelo Alto Uruguai, a principal demanda da população é a saúde. “Não podemos admitir que pequenos hospitais da região estejam realizando rifas e jantares beneficentes para manter suas portas abertas”, destacou Polis. Segundo ele, um mandato federal possui R$ 34 milhões em emendas parlamentares para serem investidos diretamente na saúde durante os quatro anos de legislatura.
Outro assunto abordado pelo pré-candidato foi sobre o gabinete do deputado federal. Paulo Polis defende que o gabinete não pode ser somente político, mas sim técnico. “A maior dificuldade das prefeituras da região é ter pessoas para elaborar projetos. Hoje, de cada 10 projetos, sete são arquivados por problemas na elaboração”, finalizou.
Em sua explanação, Polis destacou ainda que a Agência de Desenvolvimento do Alto Uruguai tem papel fundamental na escolha das principais demandas regionais. “Um mandato federal precisa estar integrado a Agência de Desenvolvimento do Alto Uruguai”, salientou. Por outro lado, o que tem deixado Paulo Polis incomodado é a atitude de alguns pré-candidatos de fora que estariam utilizando algumas lideranças políticas da região para dizer que o Alto Uruguai não tem condições de eleger nenhum deputado federal. Estes, que Polis chamou de “gafanhotos”, estariam querendo estragar a plantação.
Na hora de encerrar a entrevista para o programa Estúdio Boa Vista, o pré-candidato fez questão de ressaltar a importância das pessoas esquecerem as eleições de 2016 e 2020 e focar apenas em 2018 “É hora de esquecer as eleições municipais e pensar na região”. De acordo com Polis, por fazer 20 anos que o Alto Uruguai não conta com um mandato federal, as pessoas nem lembram mais qual é a função de um deputado no Congresso Nacional.
Por Fabio Lazzarotto