O dólar renovou a máxima deste ano e o Ibovespa teve queda firme nesta quarta-feira (10), com a reação negativa dos investidores após dados da inflação mais altos do que o esperado nos Estados Unidos elevaram o pessimismo sobre o espaço que o Federal Reserve (Fed) terá para cortar juros este ano.
A divisa norte-americana fechou a sessão com avanço de 1,44%, negociada a R$ 5,078 na venda, no maior patamar desde outubro do ano passado. Em abril, a moeda acumula elevação de 1,26%.
O clima de cautela levou o Ibovespa para baixo, fechando o dia com perda de 1,41%, aos 128.053 pontos, em linha com fortes quedas registradas em Wall Street.
O clima negativo foi amenizado pelo avanço das ações da Petrobras, com repercussão positiva dos investidores após a estatal anunciar a segunda descoberta de petróleo na Margem Equatorial neste ano. Os papéis preferenciais (PETR4) ganharam 2,22%, enquanto os ordinários (PETR3) subiram 3,02%.
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em março, mostraram dados desta manhã, em meio a aumentos nos custos da gasolina e de moradia, lançando mais dúvidas sobre a possibilidade de o Federal Reserve começar a cortar a taxa de juros em junho.
O índice de preços ao consumidor aumentou 0,4% no mês passado, depois de avançar pela mesma margem em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira. Nos 12 meses até março, o índice aumentou 3,5%. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,3% no mês e 3,4% na base anual.
Quanto menos o Federal Reserve cortar os juros este ano, melhor para o dólar, que se torna mais atraente para investidores estrangeiros quando os rendimentos oferecidos pelo mercado norte-americano ficam mais altos.