Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro retomaram o campo positivo nesta terça-feira (6). O dólar acabou fechando a sessão com perda firme de 1,44%, negociado a R$ 5,658 na venda.
Na véspera, a divisa chegou a bater R$ 5,86, mas perdeu fôlego ao longo do dia, ainda fechando em alta próxima de 0,5%, a R$ 5,74. Enquanto o Ibovespa encerrou a sessão com alta de 0,8%, aos 126.266 pontos, devolvendo parte das perdas após três pregões seguidos no vermelho.
O desempenho foi reforçado pela alta das principais empresas do mercado doméstico, com Vale (VALE3) ganhando 0,51%, enquanto Petrobras (PETR4) subiu 1,74%. Os papéis do Bradesco (BBDC4) seguiram entre os destaques na ponta de cima, com alta de 3,31%, com repercussão positiva após dados do segundo trimestre divulgados nessa segunda-feira (5).
Mercados em todo o mundo esboçaram recuperação nesta terça, após sessão da véspera de queda generalizada impulsionada, principalmente, pelo temor de recessão nos EUA após dados negativos do mercado de trabalho na quinta e sexta-feira.
Além disso, a decepção de investidores com resultados de companhias expostas à inteligência artificial, mudança na política monetária no Japão e escalada das tensões no Oriente Médio também reforçaram o mau humor dos mercados.
“O temor de recessão nos EUA após dados do payroll divulgado na última sexta-feira e a alta de juros inesperada no Japão, com muitos investidores se desfazendo de operações carry trade, fizeram com que o mercado tivesse um dia bem negativo e uma queda exagerada”, contextualiza o economista Fabio Louzada, fundador da Eu me banco.
Em Wall Street, todos os índices mostraram recuperação, com Dow Jones ganhando 0,76%, enquanto S&P 500 e Nasdaq fecharam no azul, com alta de 1,04% e 1,03%, respectivamente.
Após perder mais de 12% na véspera — maior queda desde 1987 — o índice japonês Nikkei 225 subiu 10,2% nesta sessão.
Na mesma direção, o Stoxx 600, que concentra as principais companhias da Europa, encerrou com alta de 0,29%. Nesta terça-feira, o Banco Central (BC) também divulgou a ata do Copom sobre a reunião da semana passada, que encerrou com a manutenção da Selic em 10,5% ao ano pelo segundo encontro seguido.
O documento aponta que o Copom não hesitará em subir os juros para trazer a inflação à meta se julgar apropriado, ressaltando que o momento exige cautela ainda maior. A entidade ainda enfatizou que o desenrolar do cenário será particularmente importante para definir os próximos passos na condução dos juros, não sendo possível se comprometer com indicações futuras para a política monetária.