O dólar recuou mais uma vez nesta terça-feira (4), a R$ 5,77, renovando mais uma vez o menor patamar desde novembro. Após uma disparada no fim de 2024, a cotação agora acumula 12 dias consecutivos em queda. O Ibovespa fechou em queda de 0,65%, aos 125.147 pontos.
Os investidores avaliam que o “tarifaço” proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, veio mais fraco do que se previa. Trump anunciou no fim de semana que cobraria 25% sobre produtos de México e Canadá, mas negociou acordos com ambos os países para suspender a medida por um mês.
A China também será taxada pelos EUA, e nesta terça respondeu às medidas de Trump anunciando que vai cobrar tarifas sobre petróleo e gás vendidos pelos americanos. Apesar disso, o mercado ainda interpreta que as ameaças tarifárias de Trump estão perdendo força.
Analistas consideram que as tensões entre EUA e China possam ter o mesmo resultado que a pressão sobre México e Canadá.
Na agenda do dia, destacam-se os novos dados de atividade dos Estados Unidos e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC).
No documento divulgado nesta terça-feira, a instituição projeta uma inflação acima da meta pelo menos até junho deste ano e destaca a preocupação com a alta dos preços dos alimentos, que deve “se propagar para o médio prazo”.
Mercados
Os desdobramentos do “tarifaço” imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, continuam a impactar os mercados globais.
Nesta terça-feira, a China impôs novas tarifas sobre importações dos EUA, em retaliação às taxações norte-americanas. O gigante asiático determinou um imposto de 15% para carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.
As taxas passam a valer na próxima segunda-feira (10). A decisão do gigante asiático é mais um passo na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, e coloca a atenção sobre a efetividade das ameaças tarifárias dos EUA, uma estratégia antiga usada pelo país para favorecimento próprio.
A leitura, no entanto, é que esse “tarifaço” tem perdido a força. Isso porque só na segunda-feira, por exemplo, Trump já recuou de suas ameaças e fez acordo com o México e com o Canadá. Em ambos os casos, o tratado determinou a pausa das tarifas durante um mês, além de medidas de ambos os países para controlar o que passa por suas fronteiras.
No entanto, a leitura é que esse “tarifaço” tem perdido força. Na segunda-feira, Trump fez acordos com o México e o Canadá, que determinaram a pausa das tarifas durante um mês, além de medidas de ambos os países para controlar o que passa por suas fronteiras.
No cenário doméstico, as atenções estão voltadas para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que aconteceu na semana passada. O encontro resultou na decisão de aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual.
No documento, o comitê afirmou que as expectativas de inflação aumentaram significativamente nos últimos meses, para o curto, médio e longo prazo. As projeções indicam uma inflação acima da meta pelos próximos seis meses consecutivos.
A partir de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo é uma inflação de 3% – considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
No regime de meta contínua, se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Se as projeções se concretizarem, 2025 terá um novo estouro da meta de inflação.
Por: Redação O Sul