O diretor da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, Jackson Arpini, concedeu entrevista à Rádio Cultura e afirmou que está deixando o PSDB do vice-prefeito, Flávio Tirello. “Na vida tudo tem o seu tempo. O meu tempo na social democracia PSDB está chegando ao fim. Estou tomando algumas medidas administrativas e num curto prazo farei o comunicado da minha retirada. Entendo que um partido é um colegiado de pessoas que tem posições convergentes e divergentes, dentro do processo democrático. Um dos pilares basilares é o respeito e, quando percebemos que este pilar não existe, temos que partir”, afirmou Arpini.
Questionei se a decisão teria ocorrido após o líder maior do PSDB ter ido até o hospital enquanto ele estava em audiência pública na Câmara de Vereadores, mostrando a situação financeira da instituição. “Foram vários fatores que deixaram a desejar numa boa convivência. Reitero que um partido é feito de divergência e convergência e acima de tudo, o respeito, quando o respeito deixa de ser um norte partidário, na minha concepção, não resta nada a fazer”, reafirmou.
Também foi questionado se vai colocar o seu cargo à disposição e se já conversou com o prefeito.”A questão do cargo é mais complexa, envolve a siglas partidárias que compõem o governo, como MDB e outros partido. Quando houver o meu declínio do PSDB, teremos uma prorrogação do prefeito sobre o meu cargo. Temos que ter a serenidade para não prejudicarmos os projetos da cidade, por isso, nos próximos dias irei para Porto Alegre conversar com o governador Eduardo Leite e só depois, deveremos pedir a desfiliação. Eu tenho uma ótima relação com o prefeito Polis, mas quem decide a minha permanência é ele”, enalteceu Arpini.
Já o presidente do PSDB, Emerson Schelski, comentou: “Nós lamentamos a saída do Jackson do partido e fizemos de tudo para que ele ficasse no PSDB. Nós, em nenhum momento cogitamos tirar ele da frente da direção da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, pelo contrário, defendemos que continue”, finalizou Schelski.