Dos do R$ 224 milhões que o Governo Federal enviou para que o Estado repassasse aos hospitais, a Fundação Hospitalar Santa Terezinha que atente 33 municípios, não irá receber um centavo sequer. Enquanto isso, os hospitais filantrópicos ficaram com a maior fatia, um exemplo são os quatro hospitais de Passo Fundo, receberam R$ 13.230.943,87.
“O Estado quando busca recursos sempre esquece os 35 hospitais públicos. Vergonhoso, os públicos deveriam ser os primeiros, mas não temos a força política dos filantrópicos e nossos deputados federais e estaduais não valorizam o público, pois não dá voto. Somos favoráveis aos valores destinados ao filantrópicos, mas o que causa indignação é a falta de consideração ao longo dos anos com o Santa”, desabafou o Diretor Excecutivo da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, Hélio Bianchi.
Com relação aos demais hospitais, Bianchi até mesmo questionou: “Afinal, qual a diferença entre o Santa Terezinha e o São Vicente de Passo Fundo? Entendemos que os dois cumprem com a missão de atender os pacientes referenciados de suas regiões. Sendo assim, os recursos financeiros deveriam segue a mesma lógica”.
Ainda, conforme o diretor do Santa Terezinha se os hospitais públicos fossem considerados na Lei nº 13.995/2020 e da Portaria MS nº 1.393/2020 e MS nº 1.448/2020 que distribuiu R$ 2 bilhões para hospitais no Brasil e deste R$ 224.821.203,79 para hospitais do Estado do Rio Grande do Sul, se fosse utilizado o mesmo critério de distribuição de valores, que basicamente é o número de leitos destinados ao SUS – o Hospital Santa Terezinha deveria ser contemplando com R$ 5 a 6 milhões.
Por Egidio Lazzarotto