A manhã de sexta-feira (03) foi de despedida no Colosso da Lagoa. O presidente do Ypiranga para o biênio 2018/19, Adilson Stankiewicz prestou uma homenagem a um dos atletas mais queridos pelos torcedores e dirigentes e funcionários do Canarinho. Carlos Adiel Deuschle, 28 anos, chegou em Erechim em 2014, quando o Canarinho estava lutando para retornar à elite do futebol gaúcho. O goleiro, então desconhecido pela torcida, chegou com um status de aposta, mas não demorou muito para mostrar sua qualidade e cativar todos os colegas de trabalho e torcedor. Carlos, virou Carlão, um gigante embaixo das traves, foram 146 partidas com a camiseta do Canarinho, onde acumulou acessos, sempre sendo decisivo e com muita frieza defendo pênaltis que ajudaram o Ypiranga a se projetar para o cenário do futebol brasileiro.
Carlão nunca teve uma vida fácil no Colosso da Lagoa, pois durante as quatro temporadas que esteve em Erechim sempre haviam bons concorrentes para a Camisa 1 do Canarinho. Mas Carlão sempre soube que a vida de goleiro é assim, o seu companheiro de trabalho mais próximo também é o seu maior concorrente pela titularidade, e nesta disputa entre amigos, sempre houve muito profissionalismo e com isso o maior beneficiado foi o Ypiranga.
Nesta sexta-feira Adilson Stankiewiscz, em nome de todos os ypiranguistas prestou uma homenagem ao goleiro Carlão. Adilson destacou que houve um esforço muito grande para que o profissional permanecesse no clube por mais uma temporada.
“Nós procuramos o Carlão, queríamos contar com ele nesta retomada, capitaneando nosso projeto, fomos pessoalmente tratar com ele e demovê-lo da vontade de partir, mas o desejo, aos 28 anos, de abrir novos mercados, jogar outro estadual, o fizeram sair neste momento”, comentou ele.
Na despedida Carlão disse que viveu momentos muitos especiais em Erechim. “Um momento que me marcou muito foi em 2015 quando nós fomos desclassificados do Gauchão pelo Juventude. Nos reunimos no túnel para acompanhar junto com profissionais da imprensa os resultados paralelos, e eles acabaram nos beneficiando e nós conquistamos a vaga no Brasileirão Série D. Estávamos tristes pela eliminação no Gauchão, mas eu entrei no vestiário comemorando, pois iriamos disputar o Brasileirão. Se tornou um momento marcante pois ele resultaria no acesso a Série C posteriormente”.
Sobre o fim do seu ciclo no Canarinho, ele disse que não sai triste, ao contrário, deixa o clube com bastante alegria pelo trabalho que pôde realizar nas quatro temporadas que esteve em Erechim. “Quando cheguei em Erechim eu estava pensando em largar minha carreira, e minha trajetória se confunde com a do Ypiranga, estávamos desacreditados e conseguimos uma projeção para o futebol brasileiro. Minha saída não foi somente pela questão financeira, eu conversei bastante com os diretores do clube, e acredito que chegou o momento que preciso buscar outros mercados, pois tive a oportunidade de atuar somente no Rio Grande do Sul. Mas o importante é que eu entrei pela porta da frente e estou saindo pela porta da frente, e quem sabe em um futuro eu possa novamente defender o Canarinho”, finalizou ele.