Os diplomados do Curso de Direito da URI, Rodrigo Dall Agnol, que colou grau em janeiro de 2006, e Andréia Loureiro, que colou grau em 2002, acabam de ser aprovados no Concurso do TRF3, de São Paulo, para o cargo de juiz federal. Ele é filho de João Sebastião Dall Agnol e Elaine Ângela Acco Dall Agnol, e irmão de Jéssica Dall Agnol, também diplomada pelo Curso de Direito da URI, em 2015. Rodrigo e Andréia concorreram aos cargos com 12 mil candidatos de todo o país. Ambos mandaram uma mensagem de otimismo a quem está na luta por novos horizontes na vida profissional.
Rodrigo disse, depois de tomar posse. “Após muito refletir optei em fazer o vestibular para Direito na URI Erechim, em 2001. Fiz muitos amigos durante a faculdade, os quais me acompanham até hoje, inclusive, me apoiando na longa jornada de estudos. Com o término do curso de Direito, no final do ano de 2005, a vida me levou para a advocacia. No entanto, o meu desejo sempre foi ser Juiz Federal. Mas acreditava ser um sonho inatingível. Após mais de 10 anos advogando, com idas e vindas de alguns pequenos períodos de estudos, tomei uma decisão: iria me dedicar aos estudos. Só pararia quando conseguisse. Permaneci estudando por aproximadamente 7 anos. Neste período, foram muitas as decepções e a crença da total incapacidade. Havia também as constantes privações de festas, comemorações familiares ou com amigos. Não havia feriado ou final de semana. Inegavelmente, se trata de uma jornada difícil e incompreendida por todos aqueles que não estudam para concursos públicos. No entanto, toda a dedicação e compromisso deram frutos e hoje, olhando para trás, tenho certeza que tudo valeu a pena. Por isso, posso dizer: todo o esforço é recompensado! Então acredite em você e vá à luta! Aproveito, também, a oportunidade, para agradecer todos os amigos, professores e familiares que sempre me apoiaram e muito me ensinaram”, concluiu.
Andréia, filha de João Loureiro da Silva e Ivone Salete Sandri Loureiro da Silva, também mandou seu recado aos que desejam buscar novos desafios. “Não desistam de seus sonhos e nunca deixem ninguém convencer vocês de que não é possível, de que não vale a pena tentar ou de que você já é muito velho ou velha para estudar. Fui a primeira da minha família a frequentar um curso superior. Cursei a universidade com crédito educativo, dedicado-me com extremo afinco, porque sabia que esta era a forma de ter uma vida melhor. O concurso público pode ter lá seus problemas, mas ainda assim é a forma mais democrática de se alcançar um cargo público. Não fosse o concurso, jamais chegaria ao cargo de Juíz Federal e o fiz com 45 anos. Antes disso, advoguei por dois anos e fui servidora pública federal por quase 18 anos. Coincidentemente, ou por força do destino para quem acredita, a minha posse como Juíza Federal, no dia 21 de junho de 2024, foi exatamente no mesmo dia que fui nomeada, 18 anos antes, para o cargo de Analista Judiciária da Justiça Federal do Rio Grande do Sul. Nesse percurso todo, houveram períodos em que me acomodei. Não foi fácil voltar a estudar e, inúmeras vezes, perguntei-me se valia a pena, se eu já não era muito velha para fazer concurso. Felizmente não deixei que esses pensamentos destrutivos me paralisassem. Hoje posso dizer que tudo valeu a pena”.
Para o Coordenador do Curso, professor José Plínio Rigotti, “é um orgulho para mim e todo corpo docente ver nossos diplomados galgando altos cargos no judiciário, bem como em outras áreas, o que tem ocorrido frequentemente, o que coloca o Direito como uma ótima alternativa para formação”.
Por Assessoria de Comunicação