“Deflação, queda puxada pela redução nos combustíveis, energia elétrica e vestuário”, diz Tulio Lichtenstein

No TL News desta quarta-feira (10), o empresário e diretor da Express Soluções Financeiras, Tulio Lichtenstein, abordou um assunto recorrente nos últimos dias, a deflação de 0,68% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho, menor taxa da série histórica.

Segundo Lichtenstein, uma queda puxada pela redução nos combustíveis, energia elétrica e o vestuário. Mas deixou claro que não significa que teremos apenas coisas boas, é preciso atenção. “A inflação ainda existe, temos um índice nos últimos 12 meses de 10,07%, no acumulado do ano 4,77%. No mês de julho foi negativo, mas não significa que isso irá continuar, precisamos aguardar as próximas medidas do governo. Pode ser que teremos um resquício de julho em agosto. Por outro lado, os alimentos continuam subindo. Famílias com rendas menores seguem sentido a dificuldade da valorização do seu real, principalmente no que refere-se ao alimento”, assegurou.

Literalmente há os dois lados da moeda, conforme explica o empresário. “A inflação baixa significa menos empregos, reduz compra da matéria prima, produção, grandes indústrias começam a suspender compra de mercadoria, gerando até desemprego. É bom cair a inflação para o poder de compra, principalmente famílias de menores rendas, mas para a indústria e comércio reflete”.

Taxa Selic

A deflação, inflação, andam “lado a lado” com a taxa Selic. Na semana passada, ocorreu a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), concretizando um aumento na taxa Selic de 13,25% para 13,75%. “Muitos perguntam se vai parar por aí, vamos aguardar. Mês de setembro teremos outra reunião do Copom e há possibilidade de mais um aumento ainda em 2022. Ontem, 9 de agosto, saiu o relatório Focus implementado pelo Banco Central com a ata do Copom. As altas de juros do Brasil irão prevalecer por um período longo, não se prevê em 6 meses, 8 meses uma redução e sim, um aumento da Selic de 0,25% em outubro”, disse.

Por falar em taxa de juros, Tulio Lichtenstein, comentou que o Brasil perde somente para a Turquia. “Existe uma previsão de parar os aumentos numa próxima reunião do Copom, mas não uma redução. O primeiro semestre de 2023 ainda será de altas taxas de juros no país”, finalizou.

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