Durante o mês de maio, realizaram-se as defesas de TCC da turma 2020 do Curso de Medicina da URI Erechim. Os estudantes, após desenvolverem seus projetos de pesquisa, incluindo coleta e análise de dados, apresentaram os resultados obtidos por meio de um artigo científico, que é avaliado tanto pelo professor orientador quanto por professores ou preceptores que compõem a banca examinadora.
No dia 22 de maio, esteve presente nas defesas, como membro avaliador, o Professor Dr. Fabrício Valandro Rech, que idealizou, em seu mestrado e doutorado pela FAPESP, a construção da Câmara Hiperbárica Multiplace Experimental, hoje utilizada em pesquisas na URI Erechim.
Conforme Rech, a câmara foi desenvolvida tendo em vista a pesquisa sobre sobre o efeito de oxigenoterapia hiperbárica na cicatrização. É a única, no Brasil, que acondiciona mais de um animal em cada experimento, sendo multi-lugares, o que viabiliza pesquisas experimentais desta natureza. Ela foi projetada em material acrílico, seguindo os protocolos para a experimentação, em especial, para pesquisas envolvendo oxigenoterapia hiperbárica. Após a conclusão do trabalho, o equipamento ficou na URI e, a partir da implantação do Curso de Medicina, voltou a fazer parte de pesquisas científicas envolvendo oxigenoterapia hiperbárica, sob a orientação do Professor Ms. Fabio Paiz.
Rech ressalta que o objetivo principal de sua iniciativa foi criar um projeto de câmara hiperbárica que oferecesse segurança e confiabilidade para uso em pesquisas experimentais. Como resultado de seu trabalho, foi construída uma câmara com as seguintes especificações: corpo principal e tampa traseira em aço ASTM A36, porta frontal em alumínio 5052, diâmetro interno de 50,5 cm e comprimento de 83,0 cm, com peso total de 160 kg e volume interno de 150 litros. O interior comporta duas cestas de acrílico com 150 mm de altura, 280 mm de largura e 690 mm de comprimento. A câmara suporta uma pressão hidrostática máxima de teste de 3,0 BAR (ou 4,0 ACT) e uma pressão operacional máxima de 2,0 BAR (ou 3,0 ACT), sendo equipada com válvulas de segurança que atuam a 2,2 BAR (ou 3,2 ACT). Os testes de engenharia e os ensaios biológicos com animais demonstraram a eficácia do equipamento.
O Prof. Fabrício esteve presente, oficialmente, na defesa de Luca Valandro Bervian. Também, contribuiu nas defesas das acadêmicas Carolina Corrêa Podgurski e Martina Picolo Rossatto, todos orientados pelo Prof. Fabio Paiz, que tem desenvolvido pesquisas envolvendo o processo de cicatrização e o uso da câmara hiperbárica.
Por: Comunicação Social URI Erechim