Representes da Engie, acompanhados pelo Consórcio Itá, apresentaram à Defesa Civil de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e para alguns membros de municípios jusantes (abaixo do barramento), o Plano de Segurança da Barragem da Usina Hidrelétrica Itá. O evento, que ocorreu no último dia 12, foi conduzido pelo coordenador de planejamento energético, José Vicente Miranda Rescigno, acompanhado pelos engenheiros, Eduardo Augusto Garcia Marchante e Cleuton Pacheco.
O documento foi elaborado respeitando a Lei nº 12.334 de 2010 e Resolução nº 696 de 2015 da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. A legislação torna obrigatório o desenvolvimento do Plano por parte das Usinas, que ganho maior notoriedade após o incidente com a Usina de Minérios de Mariana, em Minas Gerais.
A criação do Plano da UHE Itá teve a coordenação do gerente regional da Engie, Diego Collet. De acordo com o gerente, o material foi elaborado por uma equipe multidisciplinar, responsável por fazer análises estruturais diante do projeto original de construção. “Na UHE Itá o Plano de Ação de Emergência – PAE já existia desde a sua implantação, o que nós fizemos após a Lei entrar em vigor, em 2015, foi adequá-lo aos novos critérios”, aponta Collet.
O documento aponta a barragem da Usina como de baixo risco e grande dano potencial, dentre os fatores avaliados para definição dos critérios está à altura e o volume de água do reservatório. O estudo busca mostrar o efeito de uma possível ruptura e se baseia em duas hipóteses de risco da barragem: o galgamento, ou seja, o nível da água subir tanto e transbordar a contenção ou um problema de erosão na base, que poderia levar ao colapso da estrutura. Cabe ressaltar que o estudo é realizado em cima de possíveis cenários de ruptura, entretanto diariamente as estruturas do barramento, vertedouros e casa de força passam por vistorias e ações de monitoramento por equipe de auscultação da Usina.
O próximo passo agora, cabe à Defesa Civil dos estados e dos municípios, elaborarem estratégias e contemplarem estes estudos no plano de contingência dos municípios. Estes passos, aliados ao Plano, são partes indispensáveis para o atendimento a condições emergenciais.