Estou longe de ser especialista em trânsito, mas dada a quantidade de acidentes já ocorridos e um número maior ainda daqueles que quase ocorreram, acredito que o cruzamento da Rua São Paulo com a Marechal Rondon, na esquina da Rádio Cultura e Jornal Boa Vista, deveria ser um dos locais a receber semáforo ou que pelo menos fosse definida uma via preferencial no local. Mas também penso, pelas cenas que já testemunhei naquela esquina, se houvesse um pouco mais de paciência ou colaboração dos condutores, nenhuma mudança seria necessária, mas o que se nota é uma boa parte do pessoal ignorando a sinalização de “Dê a preferência” e buscando sempre “Ter a preferência”.
Dias atrás, um caminhão subia pela Marechal Rondon e ao chegar no cruzamento obrigou um carro que se deslocava sentido Hospital de Caridade/Centro, a parar no meio da via. O condutor do veículo buzinou e o caminhoneiro aproveitou que o carro seguiria na mesma direção que ele e reduziu a velocidade, chegando a parar algumas vezes, para obrigar o carro a ir devagar, irritando ainda mais o motorista que havia usado a buzina. Como outros veículos usavam a via, acabaram também precisando ir devagar, já que o caminhão barrava todos. Tudo por causa de uma desavençazinha.
Não havia passado cinco minutos desta situação e ouvi uma freada, olhei e vi a frente de um carro parado a centímetros da lateral de outro. E casos assim se repetem quase que diariamente.
Já na manhã de terça (31), os motoristas envolvidos não tiveram tanta sorte. Um Gol e uma caminhonete acabaram abalroando no cruzamento. O acidente foi leve, mas já tivemos ali diversos outros mais graves, inclusive com veículos indo parar sobre a calçada e colocando em risco até os pedestres.
Outro fato corriqueiro é ver caminhões carregados e ônibus urbanos precisando parar na subida porque condutores de veículos menores optaram por não dar a preferência, contrariando o que diz as placas ao redor. Acredito que se dessem a preferência, o fluxo fluiria mais rápido e com mais segurança. Enfim, os fatos que ocorrem no cruzamento acabam expondo um dos maiores problemas no trânsito, o material humano.
Por Alan Dias