O julgamento do caso envolvendo um jovem que foi assassinado em conflito indígena de Benjamim Constant do Sul no ano de 2018 teve prosseguimento em seu segundo nesta quarta-feira (27), no Auditório da IMED. A sessão foi encaminhada para Passo Fundo, mas não ocorreu no Fórum, que está em obras e ainda com restrição de atividades.
Foi feita a previsão de três dias de duração. Na tarde de quarta o júri ouviu a versão dos réus.
Foi feita a previsão de três dias de duração. Na tarde de quarta o júri ouviu a versão dos réus.
Nesta quinta-feira (28), os trabalhos iniciaram com o depoimento de um dos réus. Na sequência, haverá os debates entre acusação e defesa. Posteriormente, as réplicas e tréplicas.
Por último, há a formação do Conselho de Sentença, que se reunirá para elaborar um veredicto. Dependendo das etapas anteriores, a definição do julgamento pode ocorrer na sexta-feira (29).
Os crimes que aconteceram em 2018 apontam que o prefeito da cidade supostamente foi preso na cadeia indígena. Posteriormente ele relatou à Polícia que sofreu agressões e tortura. Na ocasião, Nathan Cozer Hochmann, de 21 anos, foi morto em uma emboscada.
RELEMBRE O CASO – (2018) – Os crimes foram verificados na Reserva Indígena do Votouro, em Benjamin Constant do Sul, no Norte do estado.
De acordo com a polícia, o homem de 39 anos seria suspeito no envolvimento de dois homicídios que ocorreram na reserva. As investigações iniciaram em março daquele ano quando um conflito deixou um índio morto e outras oito pessoas feridas. Em maio, Natan Hochmann, de 21 anos, sobrinho do prefeito da cidade, Itacir Hochmann, foi morto quando passava de carro pela Reserva do Votouro. Segundo a polícia, o prefeito foi até o local depois do fato e foi mantido em cárcere privado e torturado por indígenas.
Nos meses seguintes, a operação “Terra sem lei” foi deflagrada pela Polícia Federal, Brigada Militar e Exército para investigar as denúncias de homicídio, tentativa de homicídio, incêndio criminoso, rixa qualificada, organização criminosa, cárcere privado e tortura. Quatro indígenas foram presos na mesma reserva, três por mandado de prisão preventiva e um em flagrante por posse de arma.
Segundo a polícia, o motivo do conflito foi a disputa de liderança no local.
Fonte: Rádio Planalto