Em uma semana, Corsan, agora privada, acumula cerca de 1,5 mil pedidos de demissão. A presidente da companhia, Samanta Takimi, confirmou o dado à coluna, acrescentando que o número total de funcionários é de 5,5 mil.
Isso significa que quase um terço da força de trabalho (27,27%) da Corsan pediu as contas. Para entender o movimento, que ocorreu depois que a empresa informou sobre a possibilidade, é preciso lembrar que nova controladora, a Aegea, aceitou um acordo de estabilidade de 18 meses para os funcionários da ex-estatal. Quem sai recebe os valores normais de rescisão mais 18 – ou, a essa altura – 17 salários.
Conforme a presidente da Corsan, até agora cerca de um terço dos pedidos – ao redor de 500 – foram aceitos. Os demais “ficam em processamento”, avisou:
— A orientação da gestão é que não se pode descuidar da continuidade do serviço, as missões assumidas pela empresa nos municípios têm de ser cumpridas. Também temos de cuidar do fluxo de caixa, que não pode ser afetado pelo desligamento.
Conforme Samanta, predominam pedidos de pessoas com mais tempo de casa, mas não há concentração por função. Há engenheiros, advogados, contadores e funcionários administrativos. A coluna quis saber como a Corsan vai conduzir os desligamentos graduais, diante da disposição de sair dos que não serão liberados agora, e a executiva detalhou:
— Temos uma frente de comunicação interna com esclarecimento sobre o aspecto contábil para processar as rescisões. Aos que estão se retirando agora, estamos pedindo empatia com os que decidiram ficar, sob a forma de ‘passar’ sua atividade. É um compromisso do novo controlador acolher os empregados, então também pedimos aos que serão atendidos mais tarde que sigam trabalhando até que organizemos os serviços e o fluxo de caixa.
Ainda conforme a presidente da empresa, há contratações em curso, mas não destinadas a preencher as vagas dos que estão saindo:
— Estamos buscando equipes de operação com foco específico, para equilibrar os serviços.
Por GZH