Coredes promovem Encontro Anual de Avaliação e Planejamento e divulgam Carta de Erechim

Lideranças gaúchas ligadas aos Coredes (Conselhos Regionais de Desenvolvimento) de várias regiões do Rio Grande do Sul participaram na quinta-feira, 20, e sexta-feira, 21, do 26º Encontro Anual de Avaliação e Planejamento. O evento deste ano, que teve lugar no Salão de Atos da URI, teve como homenageado o ex-Governador Alceu de Deus Collares, idealizador dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento.

O encontro, que foi liderado pelo Presidente do Corede Norte, Paulo Roberto Giollo, com a coordenação geral do professor Julio Cesar Brancher, contou com a presença de várias lideranças. Entre elas, o Presidente do Fórum dos Coredes, Idioney Oliveira Vieira; o Prefeito Municipal de Erechim, Paulo Alfredo Polis; o Diretor do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa, Ronaldo Zucchi; o Reitor da URI, Arnaldo Nogaro, representando o COMUNG (Consórcio das Universidades Comunitárias); o Presidente da AMAU (Associação dos Municípios do Alto Uruguai), Vannei Maffissoni; o Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Erechim, Fifo Parenti; e o Presidente da ACCIE (Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim), Darlan Dalla Rosa.

Todas as lideranças presentes salientaram a importância da mobilização estadual em prol do desenvolvimento e das necessidades atuais do Rio Grande do Sul. Segundo os participantes, a união de esforços entre as áreas acadêmica, empresarial e governamental será decisiva para a solução de diversos problemas enfrentados pelos gaúchos.

No final do encontro, os Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul, divulgaram algumas conclusões para tornar os COREDEs mais importantes para o desenvolvimento do estado, principalmente com relação à Consulta Popular, considerada um patrimônio do Rio Grande do Sul.

Segundo os Conselhos, a Consulta Popular, que tem 27 anos de existência, deve ser preservada. Para tanto, propõem novas perspectivas visando a implementação de projetos regionais, com particularidades de cada região e a ampliação dos recursos disponibilizados para a Consulta Popular. Também propõe a destinação de verba para melhor estruturação dos escritórios dos Coredes Também sugerem uma agência de desenvolvimento regional, com autonomia e recursos para qualificar a participação dos Coredes na realização da Consulta Popular, elaboração de projetos, atualização permanente dos Planejamentos estratégicos Regionais e nos espaços de Governança Regional. Recursos que poderiam ser disponibilizados pela Assembleia Legislativa e o Governo do Estado por meio do RS Invest.

Pedem, igualmente, uma maior qualificação da comunicação para ampliar a participação social; agilidade nos pagamentos e liberação de recursos; melhor definição dos critérios de votação: 50% por melhor índice de votação e 50% por votação absoluta; redução do percentual de corte de 2%, que dificulta a implementação de recursos nos municípios; definir o período da execução da Consulta Popular para o primeiro semestre; combater o seu descrédito causado por burocracia, valores baixos, pagamentos demorados e sistema de votação; e realizar avaliação pós-consulta pela sociedade sobre a destinação dos recursos.

Outra proposta é a de que haja apoio e respaldo ao COMUNG (Consórcio das Universidades Comunitárias) para viabilização de programas e recursos, assim como a formação de uma Escola dos Coredes, para formação e capacitação, bem como apoio aos Coredes mais “fragilizados”. A Carta conclui reforçando os eixos norteadores como Sustentabilidade Climática, Desigualdades Regionais e Inovação, Ciência e Tecnologia.

Os Coredes ainda receberam uma proposta do Diretor do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa para que os Conselhos venham a ser os interlocutores do Fórum Democrático nas Regiões, o que foi considerado um grande desafio que deverá ser abraçado por eles.

Por Assessoria de Comunicação

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