O governo federal registrou déficit primário de R$ 58,445 bilhões em fevereiro, o maior já registrado para o mês em toda a série histórica, iniciada em 1997. O resultado foi divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (26).
A receita líquida, que já considera transferências, foi de R$ 132,494 bilhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 190,938 bilhões. O resultado primário do acumulado em 12 meses mostra déficit de R$ 252,9 bilhões — equivalente a 2,26% do Produto Interno Bruto.
A gestão federal prevê déficit primário de R$ 9,3 bilhões para este ano. A meta fiscal do governo é de que o prejuízo não ultrapasse R$ 28,8 bilhões — o que representaria um déficit de 0,25%.
Em fevereiro de 2023, o Governo Central — composto por Previdência Social, Banco Central e Tesouro Nacional — havia computado déficit primário de R$ 40,614 bilhões.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a receita total apresentou elevação de R$ 28,9 bilhões (18%), enquanto a receita líquida apresentou elevação de R$ 25,1 bilhões (23,4%) em termos reais. O Tesouro destaca algumas das causas:
Imposto sobre a Renda – aumento de R$ 8,7 bilhões
COFINS – aumento de R$ 5,8 bilhões
PIS/PASEP – aumento de R$ 2 bilhões
Dividendos e Participações – aumento de R$ 3,7 bilhões
Demais Receitas – aumento de R$ 4,3 bilhões
Já as despesas, na comparação com fevereiro de 2023, apresentaram aumento de R$ 41,1 bilhões (27,4%) em termos reais. As principais variações foram:
Benefícios Previdenciários – aumento de R$ 3,7 bilhões
Sentenças Judiciais e Precatórios (Custeio e Capital) – aumento de R$ 29,4 bilhões
Obrigatórias com Controle de Fluxo – aumento de R$ 2,1 bilhões
Discricionárias – aumento de R$ 3,7 bilhões