Comitiva do Estado conhece planta de hidrogênio no Japão

Visita integra Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde, do Plano Rio Grande.

Enquanto o governador Eduardo Leite se deslocava para agendas em Shiga na manhã desta segunda-feira (18/11) – noite de domingo no Brasil –, outro grupo da missão à Ásia visitava a planta de hidrogênio de Takasago, da Mitsubishi Heavy Industries, em Himeji, no Japão. O grupo foi recebido pelo vice-presidente da Divisão de Negócios de Sistemas de Energia da empresa, Masanori Yuri.

Durante três horas, o grupo liderado pelos secretários Artur Lemos (Casa Civil), Ernani Polo (Desenvolvimento Econômico) e Pedro Capeluppi (Reconstrução Gaúcha), e pelo procurador-geral do Estado, Eduardo Costa, conheceu a planta que é a primeira instalação integrada de validação de hidrogênio do mundo e com tecnologia de última geração.

O Takasago Hydrogen Park é dividido em seções de acordo com três funções relacionadas ao hidrogênio: produção, armazenamento e utilização. A unidade é usada como centro de pesquisa e desenvolvimento de soluções para a cadeia do hidrogênio.

“O objetivo da visita é conhecer o planejamento de entrada de novas tecnologias para os próximos três anos, a fim de que, quando fizermos rodadas com investidores, possamos identificar o que mais se adequa ao potencial do Estado para ter uma planta de hidrogênio”, afirmou Lemos.

A visita faz parte da implementação do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde (Programa H2V-RS), um projeto estruturante que integra o Plano Rio Grande. Além de promover uma agenda de relacionamento com empresas do setor, buscando efetivar investimentos na cadeia produtiva do H2V, o programa também tem como objetivo propor políticas públicas que possam induzir o desenvolvimento das cadeias associadas a esse energético.

O Rio Grande do Sul aposta na transição energética para promover a inclusão social e o desenvolvimento econômico. Em outubro, Leite assinou contrato para a elaboração do Plano de Transição Energética Justa do Estado, além de memorandos de entendimento (MoUs) para projetos de hidrogênio verde (H2V).

O plano busca garantir que a mudança para energias renováveis e a descarbonização da matriz elétrica ocorram de maneira equilibrada, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento econômico. Os MoUs se propõem a desenvolver iniciativas para fomentar a cadeia de H2V, combustível com grande potencial para contribuir com o processo de transição.

Por meio do plano, serão estabelecidas diretrizes para ações que garantam um desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentável, alinhando-se aos compromissos climáticos do Estado – especialmente à meta de neutralizar as emissões líquidas de Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2050.

Hidrogênio verde

O hidrogênio verde é um combustível renovável e limpo, produzido a partir de energias renováveis e que não emite gás carbônico durante sua produção.

O combustível é obtido por meio da eletrólise da água, um processo químico que separa o hidrogênio do oxigênio a partir de uma corrente elétrica. A energia utilizada no processo deve ser proveniente de fontes renováveis – como solar, eólica ou hidrelétrica.

Por Redação Jornal Boa Vista
Com informações Secom

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