Em reunião ocorrida no Plenário da Casa, no último dia 13, a Comissão em Defesa da Educação Pública e de Qualidade, que tem na presidência o vereador Lucas Farina, pautou as situações positivas e negativas que ocorrem em cada espaço.
Na oportunidade, a presença de Sandra Picoli, Eni Scandolara, Alessandro Dalzotto, Ilgue Rossetto, Claudemir de Araújo, Alderi Oldra, Serginho Bento, Rafael Ayub, André Jukoski, Flavio Barcellos e Gilson Serafim. Entre os representantes de entidades educacionais públicas e privadas, Saionara Salomoni, Roberto Fontaneli e Silvia Bordim representantes da UERGS; Anderson Ribeiro representando a UFFS; Adriana Storti e Marlova Balke representando o IFRS; Marilene Pizarro e Monoela Smaniotto representando SMED Erechim. O Vereador Gilson representou a URI Erechim.
Em sua manifestação, Lucas acolheu a todos que se apresentaram e em seguida explicou que tal atividade foi decidida em reunião da Comissão a fim de ouvir as demandas das instituições de ensino. Em seguida cada representante fez uso da palavra, relatando as situações positivas e negativas que ocorrem em cada espaço, momento em que todos queixaram-se sobre os cortes no orçamento que vem acontecendo nos últimos anos.
A URI, sendo instituição comunitária, sofre dificuldades por uma série de questões que vão desde a diminuição e atrasos com os pagamentos do FIES, concorrência com as faculdades à distância e perda de bolsas causada pela situação econômica das empresas. A UERGS, segundo Saionara, já nasceu com cortes, foi criada, mas nunca foi implementada por nenhum governo.
“Não possui sede e sofre evasão de alunos pela dificuldade de aprendizagem. São atendidos de 200 a 300 alunos com apenas 09 professores. A situação piorou com o atual governo que vem reduzindo anualmente o orçamento, porém o laboratório passou por melhorias com recursos do PNAES e a professora propôs parceria com as outras entidades. A situação do IFRS e da UFFS se assemelham, ambas diminuíram serviços
terceirizados, sofrem com a redução de investimentos em pesquisa, possuem profissionais de excelência mas esbarram no recurso que tem sido menor enquanto as atividades, cursos, pesquisa e extensão foram ampliados”.
A assistência estudantil também sofreu cortes, o que inviabiliza a permanência dos estudantes das famílias de menor poder aquisitivo. Faltam equipamentos aos laboratórios e os estudantes de fora tem dificuldade de encontrar moradia e emprego na cidade, sendo necessária uma moradia estudantil.
O IFRS frisa a importância de um acesso coberto de um bloco a outro e a Professora Adriana destacou pontos positivos apesar das dificuldades, por exemplo, a interação com a universidade Argentina e projetos que vem sendo desenvolvidos em parceria com outras entidades e manifestou a importância de levar o Instituto aos bairros.
O diretor Anderson, da UFFS, parabenizou a iniciativa pluripartidária e destacou a importância da expansão do ensino público e aproximação da universidade com os municípios do interior. Disse que não há previsão de recursos para capital e aquisição de equipamentos e apenas manutenção.
Na sequência, a representante da secretaria municipal de educação fala da preocupação com aprendizagem dos alunos de ensino fundamental, destacou que serão realizadas visitas as instituições públicas de ensino técnico e superior e que o governo tem atrasado os repasses de recursos para merenda escolar e que o município vem bancando com recursos próprios.
O vereador André lamentou a falta de valorização dos professores e sugeriu a criação de uma cartilha de divulgação das instituições de ensino, assunto que será tratado na próxima reunião da Comissão onde serão pensadas ações a partir dos problemas relatados. Sem mais, o vereador Lucas agradeceu a presença de todos e finalizou a reunião registrada nesta.