O dólar fechou em queda de 0,40% nesta segunda-feira (23) cotado a R$ 5,5026. Já o Ibovespa teve queda de 0,41%, aos 136.550 pontos. Os investidores avaliam os desdobramentos do conflito entre Israel e Irã no final de semana, quando os Estados Unidos atacaram três instalações nucleares iranianas. A entrada do país inicialmente aumentou a temperatura do conflito.
Em seguida, o Parlamento iraniano aprovou o bloqueio do Estreito de Ormuz em retaliação ao ataque americano. A rota marítima é a mais importante do mundo para o transporte do petróleo e a possibilidade de bloqueio pode pressionar os preços para cima e causar inflação no mundo.
O barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, caiu 7% nesta segunda, para US$ 71, após navios continuarem passando pelo Estreito de Ormuz, apesar da ameaça de bloqueio iraniano. O parlamento do país aprovou a medida, após o bombardeio de instalações nucleares do Irã pelos Estados Unidos.
Na avaliação de analistas, o ataque do Irã e a ausência de ações para interromper o tráfego de petroleiros no Estreito de Ormuz mostram que a commodity não será o alvo principal iraniano. Além disso, há expectativa de que o conflito não escale. Um eventual bloqueio do Estreito de Ormuz — por onde passa cerca de 20% do petróleo consumido globalmente — poderia provocar uma disparada nos preços.
No Brasil, a agenda do dia estava vazia e todos aguardam a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada na terça-feira (24). O mercado deve buscar por mais pistas sobre o futuro da taxa básica de juros, que chegou aos 15% ao ano, maior patamar em quase 20 anos.
No comunicado, divulgado após a decisão da semana passada, o Copom declarou que pretende interromper a elevação da Selic para observar seus impactos na economia, e que os juros devem seguir elevados por um período “bastante prolongado”.