Foi descartado como suspeito para coronavírus o caso de uma criança de dois anos de idade que viajou à China e estava em observação na cidade de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, desde 12 de fevereiro. A informação foi dada por representantes do Ministério da Saúde, na tarde desta quinta-feira (20), em Brasília. Assim, não há mais, por enquanto, registro de casos suspeitos de coronavírus no Rio Grande do Sul.
O Brasil tem, atualmente, apenas um caso suspeito do novo coronavírus (Covid-19). Trata-se de uma criança de dois anos, em São Paulo, considerada suspeita desde ontem (19) por ter um histórico de viagem à China, mas não a Wuhan, cidade chinesa que é o epicentro da contaminação.
Segundo o ministério, os exames têm sido feitos com maior celeridade e, com isso, casos considerados suspeitos são descartados rapidamente e sequer entram no balanço diário da pasta.
Ainda não existe nenhum caso confirmado na América do Sul. Até o momento, 75.778 casos foram contabilizados no mundo, conforme dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Só a China reúne 74,5 mil casos.
Curas e idosos
O Ministério da Saúde tem acompanhado o crescente número de pessoas curadas, sobretudo na China. Atualmente, são 16.882 curados. Segundo Wanderson de Oliveira, tratamentos específicos têm sido testados, mas as curas estão ocorrendo “de forma espontânea”.
— Essas curas estão ocorrendo, quase que a totalidade delas, de forma espontânea. É o organismo da pessoa. Mais de 80% dos casos na China são de moderados a leves. Isso não quer dizer que foi um tratamento específico que curou aquelas pessoas, e sim o tratamento sintomático, o isolamento, (o uso de) respiradores, ou seja, toda uma conduta para evitar que essas pessoas evoluíssem para casos graves e óbitos.
Outra tendência verificada é a letalidade maior em idosos. Se em crianças e adultos até cerca de 40 anos de idade o número de mortes beira o zero, a partir de 60 anos essa curva aumenta rapidamente, chegando a 15% de mortes entre pessoas de 80 anos.
— Os casos graves e de óbito na China estão totalmente concentrados em pessoas acima de 60 anos de idade. Isso é importante para nós nos prepararmos para o caso de haver a situação do vírus no Brasil. A nossa preocupação terá que ser preferencialmente os idosos — disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.
Fonte: GaúchaZH