Na tarde desta quinta-feira (21), foi realizada a plenária do Centro dos Professores do Estado do RS (CPERS), reunindo o funcionalismo público de Erechim e região. O ginásio do Colégio Mantovani ficou lotado.
A diretora do 15º Núcleo do CPERS Erechim, Marisa Betiato e o diretor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Luís Fernando Santos Corrêa da Silva, realizaram a abertura do evento.
O diretor da universidade falou da importância dos professores para o desenvolvimento da sociedade e que a categoria não irá aceitar a reforma estrutural do Estado para os professores. “O salário dos professores é o salário que sustenta a família, o professor vota, se organiza politicamente, no sindicato e o CPRES é forte. Estamos unidos pela mesma causa, se depender da nossa luta e da nossa força, esse projeto não vai passar”.
Desde segunda-feira (18), inúmeras escolas de Erechim e região aderiram à greve dos professores. Conforme o CPERS, “é tempo de coragem e de renovar as esperanças”.
Para o CPERS é o futuro da escola pública, das carreiras e das famílias do funcionalismo está em jogo. Cada escola, cada professor(a) e cada funcionário(a) tem um papel fundamental para barrar os projetos de destruição do presente e do futuro do estado.
Segundo o CPERS:
Não é razoável estudar, se qualificar e trabalhar uma vida toda para chegar ao fim do mês sem conseguir pagar as contas.
Não é razoável receber o salário de outubro em dezembro.
Não é razoável perder 30% do poder de compra para cinco anos de inflação sem reajuste.
Não é razoável se aposentar com um contracheque de miséria e ainda ser taxado por um Estado que abdica de bilhões para beneficiar grandes empresas e altos salários.
Não é razoável ficar calado e submisso enquanto o governo extermina direitos duramente conquistados por gerações de educadores(as).
Por Carla Emanuele