O agricultor Rodrigues Soares (29) morava na cidade de Erechim quando caiu de um pinheiro ao colher pinhão para vender. “Eu estava ajudando o meu sogro, quando perdi o equilíbrio e caí”, fala.
Casado com Adriele de Morais (26), com quem tem uma filha de oito anos, desde o acidente, sua renda tem se resumido ao salário mínimo que recebe do governo.
Para complementar a renda, Rodrigues tem recolhido material reciclado na cidade de Estrela, onde mora atualmente. “Não conseguimos viver só com um salário mínimo, por isso saio todos os dias para recolher material”, comenta ele.
Sua esposa e filha também ajudam na coleta e separação do material recolhido. Antes da pandemia a família conseguia o equivalente a um salário mínimo só com o material que recolhia, mas atualmente, no máximo R$ 400 por mês.
“Antes tinha muito mais material nas ruas, hoje tem bem menos e muito mais pessoas recolhendo. Aumentou muito o número de desempregados, que agora estão recolhendo material reciclado”, fala Adriele de Morais.
Texto: Joel Alves
Fonte: https: independente.com.br/