Cadê o Orçamento Participativo ou Público?

No início do segundo semestre de 2017, o prefeito municipal concedeu entrevista ao Jornal Boa Vista e entre os vários assuntos abordados, surgiu promessa sobre a volta do Orçamento Participativo no início de 2018, que poderia até mudar de nome e passar a se chamar Orçamento Público. Sinceramente, não interessa o nome que receba, o importante é que continue. Porém, desde a entrevista no meio do ano passado, não se ouviu mais falar sobre o assunto, quando vai iniciar ou quem seriam as pessoas que coordenariam as assembleias. A essa altura, penso que já deveria haver uma equipe montada e terem iniciado as reuniões para definir metodologia e regiões. A impressão que tenho é de que o prefeito defende a realização do Orçamento Participativo, ou Público, mas não tem pessoas preparadas ou com conhecimento para coordenar este importante projeto popular.

Outro problema que o prefeito deve estar enfrentando é o fato de não ter ninguém dentro do governo que conheça bem as comunidades e as lideranças destas. Com todo o respeito que tenho pela atual equipe de governo Schmidt, mas creio que a pessoa melhor preparada para coordenar o Orçamento Participativo neste momento, seria o secretário de Agricultura, Leandro Basso, até porque ele participava da maioria das reuniões da região onde reside e tem na sua essência a participação popular. Enquanto isso, a comunidade fica aguardando o início das reuniões, o que não acontece, e o governo não diz se vai continuar ou cancelar definitivamente o projeto. Aqueles que nunca participaram das assembleias do Orçamento Participativo, talvez não entendam a importância do mesmo para o governo, na definição das demandas em vários setores da comunidade. Com o Orçamento Participativo, ou Público, o prefeito tem uma maneira de dizer não para aqueles que querem obras individuais e o mesmo também serve como termômetro sobre como anda a administração. Se o projeto não avança por receio de que se saiba como está a aprovação do governo, então está mais do que na hora de fazer mudanças na equipe, retomar as reuniões e com isso começar a restabelecer a confiança da população.

Por Egidio Lazzarotto