Estudo elaborado pelo Banco Central (BC) afirma que os brasileiros estão usando cada vez menos dinheiro vivo para os pagamentos do dia a dia.
O relatório Evolução de Meios Digitais para a Realização de Transações de Pagamento no Brasil revela que em 2019, os saques de dinheiro em caixas eletrônicos e agências somaram R$ 3 trilhões. Em 2020, ano em que a pandemia do coronavírus limitou a circulação de dinheiro físico, o total caiu para R$ 2,5 trilhões, e para R$ 2,1 trilhões, em 2021 e 2022.
O BC também observou crescimento “expressivo da quantidade de transações com cartões de débito e pré-pago”, influenciado pela expansão de instituições financeiras. “Essas instituições vêm tendo papel relevante na inclusão financeira, ao proporcionar contas de pagamento a pessoas que anteriormente não tinham nenhum relacionamento com o sistema financeiro, sendo, por exemplo, as instituições em que muitos jovens iniciam seu relacionamento com o sistema financeiro”, destacou o estudo.
O levantamento aponta, ainda, que as mudanças comportamentais geradas pela pandemia de covid-19 e o aumento das transações com cartões, além da criação do Pix em novembro de 2020, foram cruciais para essa alteração.
O sistema de pagamentos instantâneos abocanhou participação no mercado de instrumentos de pagamentos e atingiu 29% de todas as transações registradas em 2022, contra 16% do total em 2021.
Essa modalidade de pagamentos começou no fim de 2020. O principal objetivo do sistema foi aumentar a digitalização das transações financeiras no Brasil.
A instituição informou que também foi observado um incremento expressivo da quantidade de transações com cartões de débito e pré-pago, sendo que, nos cartões pré-pagos, isso faz parte do crescimento das instituições de pagamento.
Ao mesmo tempo, ainda segundo o Banco Central, a quantidade e o volume financeiro de saques em ATMs e agências bancárias vêm se reduzindo ao longo do tempo de forma gradual.