Os contribuintes brasileiros pagaram, no ano passado, R$ 2,89 trilhões em impostos aos governos federal, estaduais e municipais, de acordo com o Impostômetro, instalado pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) no Centro da capital paulista.
Esse montante engloba taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária. Em 2021, o Impostômetro registrou aproximadamente R$ 2,6 trilhões em tributos. O aumento entre um ano e outro foi de 11,5%.
De acordo com o economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o avanço em 2022 se deu pela maior arrecadação de tributos federais, apesar das desonerações promovidas pelo governo, como foi o caso dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.
“Adicionalmente, ainda, tivemos inflação em níveis elevados, o que encarece produtos e serviços”, disse o economista, que defende a realização de reformas estruturais para reduzir o peso dos impostos.
“A nossa carga tributária continua sendo elevada para os padrões de um país emergente. A reforma administrativa e a contenção dos gastos públicos são alguns dos caminhos para diminuir o peso dos impostos”, declarou Gamboa.
Impostômetro
O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. O painel localiza-se na sede da entidade.