Brasil perde mais de 400 mil empresas no primeiro semestre deste ano

O fechamento de empresas tem sido mais frequente do que as inaugurações desde o quarto trimestre de 2021

Nos seis primeiros meses deste ano, o Brasil perdeu 427.934 empresas de micro, pequeno, médio e grande portes. Trata-se de um saldo negativo entre empresas abertas e fechadas no País, excluindo da conta os MEIs (microempreendedores individuais).

Em relação a anos anteriores, o fechamento de empresas tem sido mais frequente do que as inaugurações desde o quarto trimestre de 2021. De lá para cá, o saldo mostra que mais de 750 mil foram eliminadas da economia brasileira. Nesse intervalo, foram abertas 2,08 milhões de empresas, enquanto 2,83 milhões foram fechadas.

O levantamento, divulgado pelo site G1, foi feito pela empresa Contabilizei com base em registros de CNPJs na Receita Federal.

A situação é mais dramática na indústria, por mais que ela tenha o menor peso quantitativo na pesquisa. Ainda assim, os números chamam atenção quando colocados em proporção.

Foram fechadas três vezes mais empresas industriais do que abertas no segundo trimestre deste ano. No período, foram inauguradas 7.810 empresas industriais, mas 25.151 foram encerradas.

Além disso, a indústria vem com saldo negativo há mais tempo, desde o terceiro trimestre de 2021. O comércio passou a ter saldo negativo no quarto trimestre de 2021, enquanto os serviços só passaram para o campo negativo no terceiro trimestre de 2022.

Em números absolutos, o comércio tem o pior desempenho. Foram fechadas 129.515 empresas do setor no segundo trimestre de 2023, contra 61.685 aberturas. Isso significa que aproximadamente duas companhias fecharam para cada uma que abriu.

Os serviços fecharam 196.651 empresas e abriram outras 133.836 no segundo trimestre deste ano. Também na relação percentual, 1,5 empresa fechou para cada uma que abriu.

Por O Sul

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