Banco Central diz que não hesitará em elevar os juros se julgar apropriado

Na semana passada, o Copom decidiu manter, por unanimidade, a Selic em 10,5% ao ano.

O BC (Banco Central) afirmou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta, se julgar apropriado.

Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta terça-feira (6), a autoridade monetária enfatizou que o desenrolar do cenário econômico será importante para definir os próximos passos na condução da Selic, não sendo possível se comprometer com indicações futuras para a política monetária.

“O Comitê avaliará a melhor estratégia: de um lado, se a estratégia de manutenção da taxa de juros por um tempo suficientemente longo levará a inflação à meta no horizonte relevante; de outro lado, o Comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”, disse o BC.

Na ata, o BC também informou que, na avaliação de riscos que podem pressionar os preços, todos os membros do Copom concordaram que há mais riscos para cima na inflação, “inclusive com vários membros enfatizando a assimetria do balanço”.

Na semana passada, o Copom decidiu manter, por unanimidade, a Selic em 10,5% ao ano. “O Comitê, unanimemente, avalia que o momento corrente é de ainda maior cautela e de acompanhamento diligente dos condicionantes da inflação, sem se comprometer com estratégias futuras”, afirmou o BC na ata.

A instituição financeira disse ainda que movimentos recentes de alguns dos condicionantes para a dinâmica da inflação, tais como as expectativas de inflação e a taxa de câmbio, foram amplamente debatidos.

“Observou-se que, se tais movimentos se mostrarem persistentes, os impactos inflacionários decorrentes podem ser relevantes e serão devidamente incorporados pelo Comitê”, afirmou.

De acordo com o documento, o Copom não se furtará ao seu compromisso com o atingimento da meta de inflação e entende o “papel fundamental” das expectativas na dinâmica da inflação.

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