Depois de quatro meses e 24 dias internado na UTI Neonatal do Hospital de Caridade de Erechim, Breno Arpini Sirena, que nasceu com 25 semanas e 5 dias de gestação e apenas 650 gramas, finalmente teve alta e, no sábado, 31, pode ir para casa, fazendo a alegria dos pais Archeli e Juliano e do irmão João Pedro Sirena, de 11 anos.
A história de Breno, contudo, é marcada pela superação, o amor e a dedicação de familiares e de toda uma equipe de profissionais (técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e equipe de apoio). A luta se deu para salvar a mãe e o bebê – que por seu tamanho e peso corria sério risco de vida. Recém-nascidos com as características de Breno tem apenas 6% de chance de sobreviver.
Archeli e Juliano, que estão juntos há 10 anos – tendo oficializado o matrimônio em 2020 – jamais deixaram de acreditar na recuperação do filho. “Sabíamos que o quadro era delicado, mas diante da excelência do atendimento recebido, e da franqueza com que a situação foi apresentada desde o início, acreditávamos que tudo daria certo. E todos, sem exceção, desde a portaria aos demais setores do HC, sempre foram muito prestativos e atenciosos, o que nos dava força para seguirmos. Sempre confiei”, revela a mãe, que, ao lado do marido, realizava uma visita diária para transmitir boas energias e carinho ao filho.
Juliano, profissional do setor de eventos, por sua vez, conta que, seguindo orientação da psicóloga do Hospital, Carine Balvedi, idealizou uma imagem que significava a ‘cura’ – representada pelo caminhar de Breno à beira da praia, sonho que os pais pretendem realizar em breve. “Muitos pensam que a UTI é um lugar de despedida, nós, porém, acreditávamos que era, e é, um lugar para salvar”, pontua Juliano.
Vitória
A palavra ‘vencer’ define a família e os desafios transpostos pelo casal, especialmente por Archeli, servidora pública municipal – responsável por liderar processo que conseguiu, via legislação, aumentar o prazo de licença maternidade para mães de bebês prematuros (após a alta), a partir da aprovação da lei complementar 33, de 27 de julho de 2021. “Considero-me duplamente vencedora, pois, além de ter o Breno em casa saudável e feliz, também foi possível abrir uma porta que beneficiará outras mães que estejam atravessando situação semelhante à minha”, completa, exultante.
Fonte: Assessoria de Comunicação e Marketing HC